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Operário denuncia empresa por más condições de trabalho

06 set 2013 às 15:47

Um operário de 18 anos denunciou uma empreiteira de Londrina por más condições do local utilizado para hospedagem dos empregados que atuam em obras na cidade. Além disso, o trabalhador, que veio de Feira de Santana (BA), alega não ter sido registrado pela empresa, prestadora de serviços de pintura para construtoras de Londrina.

Acompanhado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracom), o jovem protocolou a denúncia na tarde de quinta-feira (5) no Ministério Público do Trabalho (MPT), que deve visitar os abrigos para apurar o caso.


De acordo com o diretor do sindicato Valdir de Oliveira, os trabalhadores dormiam em colchões velhos na residência alugada no Jardim Columbia, zona oeste da cidade. Ele afirmou que a casa tem estrutura, mas não apresentava condições ideias para os trabalhadores.


Segundo a versão do operário, ele foi dispensado da empreiteira após 22 dias de serviço e teve que passar dois dias na rua. "O trabalhador contou que deixou a bagagem em uma obra próxima da casa e chegou a dormir na construção. Além disso, ele alega que os operários recebiam marmitas apenas de segunda a sexta-feira", relatou o diretor do sindicato, que encaminhou o jovem baiano para um hotel da cidade.


O diretor-proprietário da empresa Ideal Pinturas, Dario Júnior, rebateu a denúncia e afirmou que vai processar o sindicato pelas acusações e suposta invasão do domicílio. Questionado sobre a residência, ele respondeu que o local está sob responsabilidade de dois funcionários que alugaram a casa.


Segundo Júnior, o operário seria usuário de drogas e não aceitou ser transferido para uma outra obra. "A gente não dispensou o trabalhador. Eu tentei ajudar com a reintegração na empresa para ele aprender o trabalho de servente, mas é complicado quando o jovem opta pelo mau caminho", comentou.

Ele ainda alegou que o operário não foi registrado, pois chegou em Londrina sem documentos, mas a empresa estaria prestando assistência na retirada da carteira de trabalho. "Eles vieram em um grupo de cinco pessoas e os outros quatro foram registrados. Nunca tivemos problemas com o sindicato. Essa e a primeira vez", argumentou o diretor-proprietário.


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