A produção de petróleo da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) em janeiro caiu 890 mil barris por dia (b/d) em relação a dezembro, informou o cartel nesta segunda-feira (13), confirmando que os seus membros têm até agora cumprido um acordo para cortar a produção.
Dados de fontes secundárias mostraram que os cortes acordados em 30 de novembro pela Opep foram implementados. A produção dos membros da Opep em janeiro foi de 32,139 milhões de barris por dia, contra 33,29 milhões de b/d em dezembro.
No entanto, a Líbia e a Nigéria - que estão isentas dos cortes - aumentaram a produção no mês passado, de modo que a produção dos membros participantes caiu 1,032 milhões b/d em janeiro, de 30,945 milhões b/d para 29,913 milhões b/d.
O maior contribuinte para a redução da produção foi a Arábia Saudita, com dados que mostram corte acentuado na produção de 496.200 b/d em janeiro. Iraque, Emirados Árabes Unidos e Kuwait fizeram cortes significativos, com a produção dos três países do Golfo em queda de 165.700 b/d, 159.300 b/d e 141.200 b/d, respectivamente.
Dos restantes membros participantes, apenas o Irã não conseguiu reduzir a produção. A produção na República Islâmica mostrou aumento de 50.200 b/d em janeiro. A Rússia, o maior produtor participante fora da Opep, reduziu a produção em 60 mil b/d, para 11,03 milhões de b/d, disse o relatório.
Os dados da Opep correspondem estreitamente ao relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) de Paris, que foi divulgado na sexta-feira, e demonstrou que a taxa de conformidade dos membros participantes é de cerca de 90%. A diferença nos níveis de produção dos membros da Opep que participaram nos cortes foi de apenas 17.000 b/d nos dois relatórios, com a AIE informando 29,93 milhões b/d.
O preço médio pago pelo petróleo da Opep, conhecido como Cesta de Referência da Opep ou ORB, foi de US$ 52,40 por barril em janeiro, representando aumento de 1,4% em relação ao mês anterior. No entanto, a diferença real está no número anual, com a ORB de janeiro duas vezes mais alta do que os US$ 25 por barril pagos pelo petróleo da Opep em janeiro de 2015.
A AIE revisou seu crescimento global da demanda de petróleo em 2016 em seu relatório de fevereiro para 1,6 milhão de b/d. Isso é cerca de 280.000 b/d maior do que a própria revisão da Opep, de 1,32 milhão b/d. Para 2017, a OPEP previu que a demanda de petróleo cresceria 1,19 milhão b/d, enquanto a AIE elevou sua previsão para 1,4 milhões b/d. Fonte: Dow Jones Newswires.