Crise
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou hoje (21), por meio de sua assessoria de imprensa, que é um procedimento "normal e corriqueiro" a importação de energia da Argentina para suprir o atendimento do Sistema Interligado Nacional (SIN), como a ocorrida ontem (20), um dia depois do apagão de energia que afetou vários estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
De acordo com o ONS, foram importados 165 megawatts médios (MW médios) da Argentina no dia 20 de janeiro, o que equivaleu a 0,22% da carga de energia do dia. A importação, segundo o ONS, é feita quando necessário e resulta de convênio firmado em 2006 com os argentinos.
Segundo nota distribuída há pouco à imprensa, o acordo cooperativo assinado no dia 1º de janeiro de 2006 entre a ONS e a Compania Administradora del Mercado Mayorista Eletrico S/A (Cammesa), da Argentina, estabelece que "em caso de situações especiais, a Cammesa e o ONS podem realizar importações de energia, a serem compensadas em função de acerto direto entre os dois operadores". De acordo com a nota, "o intercâmbio de energia, nos dois sentidos, vem sendo adotado em diversos momentos ao longo da vigência do acordo".
A energia importada deve ser compensada com devolução em igual montante, não havendo transação financeira, destaca o boletim Acompanhamento Mensal dos Intercâmbios Internacionais de dezembro de 2014 do ONS. Neste mês, não houve troca de energia entre o Brasil e os países vizinhos Argentina, Paraguai e Uruguai. O crédito emergencial acumulado a favor da Argentina alcançava, até dezembro do ano passado, 9.185,81 megawatts-hora (MWh).