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Ong faz apelo a empresários americanos em Londrina

28 fev 2013 às 09:26

Os integrantes da Agência Americana de Desenvolvimento (USTDA), que estão em Londrina para conhecer o projeto Arco Norte, que quer implantar um aeroporto de cargas na cidade, vão se deparar com um protesto organizado pela Ong Meio Ambiente Equilibrado (MAE). De acordo com a Ong, durante um voo marcado para a manhã desta quinta-feira (28), nas proximidades da Mata dos Godoy, os americanos poderão ver do alto duas grandes mensagens escritas com cal, onde a organização não governamental faz um apelo contra a continuidade do projeto.

Com letras gigantes, de 15 m por 6 m, os ambientalistas alertarão os americanos com os dizeres "PROTECTED AREA" (Área Protegida) e "7K ACRES OF FOREST" (abreviação referente aos quase 2,5 mil hectares formado por quatro grandes florestas na área). Segundo a Ong, a ideia é indicar que o aeroporto é bem-vindo mas não deve ser erguido ali. "Desde 2008 tentamos ser ouvidos e sempre fomos ignorados. Foi a forma que encontramos para enxergarem o argumento que tentamos mostrar há anos, mas sempre fomos ignorados", explicou o biólogo Marcelo Arasaki, presidente da Ong MAE.


Além do protesto, o grupo também planeja enviar um dossiê completo sobre a Mata dos Godoy para a diretora-presidente da USDTA nos EUA, Leocadia I. Zak.


Ministério Público é contra


Na última semana, o Ministério Público do Paraná, através da 20ª Promotoria de Justiça da comarca de Londrina, expediu uma recomendação administrativa solicitando que a Prefeitura Municipal revogue decreto de utilidade pública da área que seria destinada à implantação do aeroporto de cargas.


Segundo a promotora de Justiça, Solange Vicentin, o aeroporto ficaria inserido em uma zona de amortecimento de Unidade de Conservação - Parque Estadual Mata dos Godoy, uma das "últimas reservas naturais de mata nativa do norte do Paraná, ou seja, uma Unidade de Conservação Integral".

Em visita à Londrina, na quarta-feira (27), o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior, criticou a recomendação do MP. Segundo ele, a ação foi "precipitada" e "sem cabimento". "A secretaria tem grande interesse para que esse projeto saia. Temos visto a presidente Dilma visitando outros países, pedindo para que empresários do mundo inteiro venham investir no Brasil. E quando investidores vêm fazer isso em Londrina, o MP me entra com um pedido desses, completamente sem cabimento. Os empresários não podem ser influenciados por esse tipo de atitude. As pessoas de bem de Londrina têm que tocar os projetos. Claro que sempre respeitando as leis e os estudos".


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