Em 2014, foram registradas 2.039.588 tentativas de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor. Isto foi equivalente uma tentativa de fraude a cada 15,5 segundos no país Este resultado representou queda de 7,5% em comparação a 2013, ano em que foram registradas 2.204.158 tentativas (uma a cada 14,5 segundos).
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a estagnação da economia e a menor disposição do consumidor em ampliar seus gastos e compromissos financeiros durante o ano passado reduziram a ida do consumidor ao mercado, diminuindo o universo potencial aos fraudadores para aplicar seus golpes.
O segmento de Telefonia respondeu pelo maior número de tentativas em 2014, com 773.340, 37,9% do total de tentativas de fraude registradas no ano. Este número representou queda de 18,7% em relação o volume de tentativas de fraude registradas pelo setor em 2013. Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 648.509 registros, equivalente a 31,8% do total. Em relação a 2013, houve queda de 1,4%. O setor bancário foi o terceiro do ranking de registros em 2014, com 420.303 tentativas, 20,6% do total. O setor observou alta de 5,2% em relação aos registros de 2013.
Já o segmento varejo registrou 159.957 tentativas de fraude contra o consumidor, 7,8% das investidas contra o consumidor em 2014. O número de tentativas de fraude do setor apresenta uma ligeira queda de 0,5% em relação a 2013. O ranking de tentativas de fraude de 2014 é composto ainda por demais segmentos, que totalizaram no ano passado 2.847 tentativas (1,8% do total).
Principais tentativas de golpe
É comum que as pessoas forneçam seus dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.
Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian estão:
1. Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.
2. Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.
3. Compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
4. Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima. Neste caso, toda a "cadeia" de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio.
5. Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a "conta" para a vítima.
6. Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.
A Serasa Experian responde diariamente a 6 milhões de consultas, auxiliando 500 mil empresas de diversos portes e segmentos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio, desde a prospecção até a recuperação.
Precaução
Antes de realizar uma venda a prazo, as empresas devem adotar cuidados simples, como:
1ª – Pedir sempre dois documentos originais (como RG, CPF, Carteira de Habilitação);
2ª – Verificar inconsistências nos documentos apresentados. Por exemplo, se a foto é recente, porém a data de emissão do RG é de quando a pessoa tinha 10 anos de idade ou vice-versa.
3ª – Procurar confirmar se as informações fornecidas pelo cliente são verdadeiras, analisando atenciosamente se o nome apresentado nos documentos é o mesmo que consta no comprovante de residência;
4ª – Solicitar ao cliente o número do telefone residencial e faça a checagem dos dados naquele instante;
5ª – Consultar alguma ferramenta de prevenção a fraudes disponível no mercado;
6ª – Se a suspeita de fraude for grande e o comerciante não se sentir seguro com a venda, é recomendável pedir que uma parte ou todo o pagamento seja feito à vista.