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Nível de emprego é o maior em oito anos

11 fev 2011 às 11:19

O emprego industrial mostrou queda de 0,1% em dezembro contra novembro, após quatro meses de estabilidade. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, na comparação com dezembro de 2009, o saldo ainda é positivo: o emprego industrial subiu 3,4% em dezembro de 2010, ligeiramente acima do apurado em novembro (3,1%) nesta mesma comparação.


Ainda de acordo com o IBGE, com o desempenho de dezembro, o emprego industrial acumulou no ano passado alta de 3,4%, a mais forte da série histórica do emprego na indústria, iniciada em 2002. Em 2009, o emprego industrial encerrou com queda de 5,3%.


Na avaliação do instituto, o resultado reflete um cenário de recuperação gradual do emprego industrial ao longo do ano passado. No entanto, o instituto também admitiu que o desempenho foi favorecido por uma base de comparação baixa referente a 2009, quando o mercado de trabalho ainda passava por ajustes devido aos efeitos negativos da crise econômica internacional.


Regiões


Em dezembro de 2010, todos os 14 locais pesquisados pelo IBGE tiveram aumento no emprego industrial na comparação com dezembro de 2009. Segundo o instituto, a principal contribuição partiu da alta na ocupação do mercado de trabalho industrial de São Paulo (3,0%) na mesma comparação.


Em São Paulo, houve aumentos expressivos no emprego industrial, em dezembro de 2010 contra dezembro de 2009, em meios de transporte (8,7%) e de máquinas e equipamentos (7,5%). Segundo o instituto, estas atividades exerceram as maiores contribuições para o saldo positivo no mercado de trabalho, na indústria paulista.


Outros destaques positivos de aumentos no emprego industrial de dezembro de 2010 contra dezembro de 2009 foram região Nordeste (3,4%), Minas Gerais (3,9%), região Norte e Centro-Oeste (4,6%), Rio Grande do Sul (3,6%), Santa Catarina (3,9%) e Rio de Janeiro (4,4%).


Ainda na comparação com dezembro de 2009, o emprego industrial em dezembro de 2010 cresceu em 13 dos 18 segmentos pesquisados pelo IBGE.


No acumulado de 2010, o IBGE apurou ainda alta no emprego industrial em todos os 14 locais pesquisados na comparação com 2009, um "perfil generalizado de crescimento", na avaliação do instituto. Na análise por setores, o emprego industrial em 2010 cresceu em 13 dos 18 setores pesquisados pelo IBGE, na comparação com 2009.


Horas pagas


O número de horas pagas na indústria cresceu 0,4% em dezembro de 2010 contra novembro no ano passado. Segundo o IBGE, na comparação com dezembro de 2009, o número de horas pagas cresceu 3,6% em dezembro de 2010. Com o resultado de dezembro, o número de horas pagas acumulou alta de 4,1% em 2010, após cair 5,6% em 2009. Foi o maior avanço no número de horas pagas desde o início da série histórica do emprego industrial em 2002.


Na comparação com dezembro de 2009, o IBGE apurou crescimento no número de horas pagas em todos os 14 locais pesquisados em dezembro de 2010. Os locais que tiveram as mais expressivas elevações no número de horas pagas, em dezembro do ano passado contra igual mês do ano anterior foram São Paulo (2,7%), regiões Norte e Centro-Oeste (5,3%), Minas Gerais (4,1%) e Santa Catarina (5,6%).


Na análise por setores, o número de horas pagas cresceu em 12 dos 18 ramos pesquisados. Em dezembro de 2010 contra dezembro de 2009, houve aumentos expressivos nas horas pagas de máquinas e equipamentos (11,3%), produtos de metal (10,6%), meios de transporte (8,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,8%), minerais não metálicos (8,4%) e metalurgia básica (13,5%). Porém, na mesma comparação, o IBGE apurou quedas expressivas, no número de horas pagas, em papel e gráfica (-7,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,6%) e vestuário (-1,9%).


Ainda segundo o IBGE, no acumulado de 2010, o número de horas pagas cresceu em todos os 14 locais pesquisados; e em 14 dos 18 setores pesquisados, na comparação com 2009.


Folha de pagamento


O valor da folha de pagamento real da indústria brasileira mostrou queda de 3,6% em dezembro do ano passado contra novembro de 2010. Na comparação com dezembro de 2009, porém, o saldo ainda é positivo: a folha de pagamento mostrou avanço de 5,9% em dezembro de 2010.


Com o desempenho de dezembro, o IBGE apurou que a folha de pagamento do setor industrial encerrou 2010 com alta de 6,8%, após cair 2,8% em 2009 - a mais forte elevação desde 2004 (9,7%).


Na análise por regiões, o IBGE informou que o valor da folha de pagamento cresceu em 13 dos 14 locais pesquisados em dezembro de 2010, contra igual mês do ano anterior. Entre os destaques positivos, nesta comparação, estão as altas registradas em Minas Gerais (15,0%), São Paulo (2,9%); Rio Grande do Sul (11,0%), e região Norte e Centro-Oeste (8,7%).


Entre os 18 setores pesquisados pelo IBGE, a folha de pagamento da indústria subiu em 13 segmentos, em dezembro de 2010 contra dezembro de 2009. Os destaques positivos ficaram com as altas registradas em meios de transporte (7,3%), indústrias extrativas (19,2%), borracha e plástico (15,7%), produtos químicos (10,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,9%). No entanto, o IBGE apurou quedas expressivas no valor da folha de pagamento nas indústrias de papel e gráfica (-3,4%) e de calçados e artigos de couro (-2,8%), no mesmo período de comparação.

No acumulado em 2010, o valor da folha de pagamento mostrou expansão em todos os 14 locais pesquisados; e cresceu em 16 dos 18 setores analisados pelo IBGE, na comparação com ano anterior.


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