A operadora de TV por assinatura NET passou a cobrar R$ 19,90 por mês pelo conversor (caixinha) do ponto extra da TV paga. A medida, segundo o presidente da NET, José Antonio Félix, tem o objetivo de atender à determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que proibiu a cobrança pela programação do ponto extra, mas permitiu que as operadoras cobrem pela instalação, pelo equipamento e pela manutenção.
"A cobrança que é feita hoje é de locação do equipamento necessário para assistir à televisão em outros pontos da casa. A programação continua absolutamente gratuita", afirmou o diretor executivo de Relações Institucionais da NET, André Borges, em entrevista coletiva promovida pela operadora.
Os diretores da NET explicaram que a empresa comercializa pacotes de serviços, com banda larga, televisão paga e telefonia, que podem incluir o ponto extra, sem a cobrança pela caixinha deste ponto adicional.
O cliente da NET que não quiser pagar pelo conversor pode ter acesso pela rede da operadora, nos pontos adicionais, aos canais abertos de televisão - como Globo, Record, SBT e Bandeirantes - e aos canais obrigatórios, como os da TV Câmara e TV Senado. Para ver no ponto adicional os demais canais da programação contratada no ponto principal, o cliente terá que pagar pelo conversor.
O presidente da NET disse que o cliente não se interessa por comprar o conversor. "Já coloquei no mercado e ninguém quer comprar", afirmou, sem estimar quanto o equipamento custaria se fosse pago em uma única vez.
No caso da manutenção dos equipamentos e da rede interna na casa do cliente, a NET passou a oferecer duas opções: pagar uma taxa de R$ 70 por visita ou uma mensalidade de R$ 4,50, o que dá direito à manutenção de todos os pontos da casa.
As novas regras para o ponto extra foram aprovadas pela Anatel em abril, mas, na prática, não entraram em vigor porque existe uma liminar, concedida pela Justiça Federal de Brasília, que permite a cobrança, inclusive da programação do ponto adicional.
A NET fechou o primeiro trimestre do ano com 3,34 milhões de assinantes de TV por assinatura, 2,45 milhões de clientes de banda larga e 2 milhões de assinantes dos serviços de telefonia.
Na opinião do presidente da NET, a competitividade de uma empresa no setor de telecomunicações estará cada vez mais associada à qualidade dos serviços, com foco no bom relacionamento com o cliente. "Precisamos entender o que ele quer e entregar o que ele deseja", afirmou.