O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) ingressou com execução provisória em R$ 48 milhões da unidade da Seara Alimentos de Forquilhinha (SC). O valor corresponde ao pagamento de R$ 25 milhões por dano moral coletivo, multa de R$ 1,5 milhão por litigância de má-fé e de R$ 1,5 milhão por embargos de declaração protelatórios.
O grupo é acusado de descumprir decisão judicial que determinava o diagnóstico precoce de doenças e agravos à saúde relacionados ao trabalho. Pela decisão, a empresa também teria que afastar imediatamente o empregado sob suspeita de estar com doença ocupacional e emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).
A execução foi pedida pelos procuradores do Trabalho Thaís Fidélis Alves Bruch e Sandro Sardá, após denúncia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados, Frangos, Rações Balanceadas, Alimentação e Afins de Criciúma e Região. Além disso, avaliação do médico do Trabalho Cássio Chaves Vieira, apontou que, em 2012, a Seara deveria ter emitido no mínimo 200 (CATs) por doenças ligadas a distúrbios osteomusculares, o que não aconteceu por falta do rastreamento precoce.
A Seara é uma das maiores empresas de congelados do país e possuí um faturamento anual de R$ 8 bilhões. Em junho deste ano, a companhia foi comprada pela JBS, maior exportadora global de carnes, que com a sua aquisição passou a liderar também o mercado de aves.
(Com informações do Ministério Público do Trabalho)