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MPF quer surpreender obras em residencial financiado pela Caixa

18 set 2014 às 15:24

O Ministério Público Federal em Santa Catarina (MPF/SC) recomendou à Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal de Chapecó e à Prefeitura de Presidente Castello Branco a suspensão imediata das obras e de qualquer repasse e/ou pagamento que estejam pendentes para execução do Programa Carta de Crédito FGTS Operações Coletivas.

O MPF também recomendou que não sejam realizados reparados para ocultar defeitos construtivos enquanto não for realizada perícia no local. A Caixa e a prefeitura têm 72h para informar as medidas adotadas.


Em maio de 2011, iniciaram-se as obras para a construção de 40 casas populares pela Prefeitura do Município de Presidente Castello Branco/SC, financiadas com recursos do Programa Carta de Crédito FGTS Operações Coletivas, da Caixa Econômica Federal.


Orçado em R$ 1.058,315,00, o empreendimento deveria ser entregue no final de 2011, mas quem visitar o local hoje encontrará as casas inacabadas e o loteamento em estado de abandono.


Esta foi a situação constatada pelo Ministério Público Federal (MPF) em inspeção realizada no último dia 10 de setembro. As casas, construídas em madeira, estão fechadas e inabitadas, há bastante mato e nenhum indício de que serviços estejam sendo executados.

Chama a atenção, ainda, a péssima qualidade da madeira empregada: as paredes apresentam muitos nós, furos, frestas e rachaduras, que se tentou ocultar com a aplicação de massa corrida. As janelas e portas também são de baixa qualidade e suas fechaduras não oferecem segurança. Aparentemente, o loteamento não recebeu ligação de energia elétrica nem abastecimento de água.


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