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Móveis: redução de IPI chega ao consumidor

14 dez 2009 às 08:31

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicada sobre móveis, anunciada pelo governo federal no dia 25 de novembro, já começa a chegar nas lojas para o consumidor final. Os produtos estão de 5% a 30% mais baratos, dependendo do estabelecimento e marca. O imposto variava de 5% a 20% e caiu para zero. A medida vale até 31 de março de 2010.

Na loja da Vogue, de Curitiba, que trabalha com móveis planejados como armários e cozinhas, os preços caíram 5%. O proprietário da empresa, Luis Bini, cita que em uma cozinha que custe R$ 20 mil, a economia pode chegar a R$ 1 mil no valor final. Ele conta que já começou a receber pedidos de novos orçamentos motivados pela redução de preços.


Na Irimar, que comercializa sofás, racks, salas de jantar, mesas de centro e aparadores, os preços também estão 5% menores desde o final de novembro. ‘Tivemos uma procura maior por parte dos consumidores. O fluxo de clientes aumentou 10%’, contou o proprietário Edenir Zappellini. A marca tem duas lojas em Curitiba, uma em Ponta Grossa, uma em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e três em Santa Catarina. Ele acredita que as vendas possam aumentar ainda mais.


O Grupo Pão de Açúcar espera que a medida de reduzir o IPI impulsione a venda dos produtos em até 30% neste final de ano em relação ao mesmo período do ano anterior. As lojas Ponto Frio e Extra, que fazem parte do grupo, oferecem descontos de até 25% em móveis.


O PontoFrio.com pretende manter até o próximo ano as ofertas na linha de móveis. A loja virtual oferece diversos itens com descontos de até 30%. As compras podem ser feitas sem juros em até 12 meses ou 18 meses com o cartão da loja. Alguns exemplos de produtos que ficaram mais baratos são a estação de trabalho Zanzini Master que teve o preço diminuído de R$ 329,90 para R$ 199,90 e a mesa para computador de canto Multimóveis Multidecor que teve o valor reduzido de R$ 359,90 para R$ 249,90.


A educadora social Regina Pereira comprou uma cama e um colchão por R$ 650,00 em 18 vezes sem juros e vai pagar prestações de R$ 36,11. ‘Economizei R$ 200 com a redução do IPI e pesquisei antes’, conta. Ela acredita que o lado positivo de comprar a prazo é que a prestação cabe no orçamento e permite adquirir outras coisas de uma só vez. Segundo Regina, a grande diferença entre as lojas é a condição de pagamento.


O porteiro Paulo Casagrande e sua noiva, Vanessa Vitkovski, casam neste mês e estão pesquisando preços de móveis e eletrodomésticos. Eles acreditam que a redução do IPI vai chegar no bolso do consumidor e planejam comprar ainda cozinha, armários, jogo de sala, sofá e estante. O objetivo é comprar móveis prontos por serem mais baratos. ‘Vamos dar uma boa entrada e parcelar o resto’, disse Casagrande.


‘O preço ficou um pouco menor sem o IPI, mas estou pesquisando. É um incentivo para comprar’, disse a atendente de caixa, Rosenilde dos Santos. Ela pretende gastar até R$ 400 na compra de um guarda-roupa.


Cuidado com compras por impulso, alerta Pro Teste


Antes de decidir pela compra o consumidor deve tomar uma série de cuidados. ''Não é porque teve a queda do IPI que o consumidor vai sair sem pesquisa de mercado. A pessoa só deve comprar se realmente precisar do móvel, caso contrário, não vale a pena gastar'', disse a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci.


Ela orienta o consumidor a guardar a nota fiscal e exigir o desconto para pagamento à vista seja em dinheiro, cheque ou cartão de crédito. Maria Inês lembrou que deve ser realizada uma reserva para o pagamento de impostos como IPTU e IPVA que chegam já no início de 2010. ''Se a pessoa tiver dinheiro para pagar à vista é melhor'', disse. Segundo ela, quanto mais a pessoa ''empurra'' parcelas para frente, mais compra outras coisas e maior é o comprometimento da renda.


Outra recomendação é verificar se o móvel cabe no ambiente da casa. Por isso, é preciso tirar as medidas antes de comprar. Ela lembrou que as lojas só são obrigadas a realizar trocas em caso de defeito do produto.

O consumidor ainda deve estar atento à qualidade do móvel e à durabilidade. Além disso, é importante verificar a procedência da loja. Ela destaca que há grande diferença nos materiais utilizados na fabricação dos móveis.


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