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Ministro cobra investigação da Anatel no caso TIM

08 ago 2012 às 13:55

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira que pediu à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que acelere as apurações para o andamento do processo no qual o órgão regulador investiga a queda de chamadas da TIM nos chamados planos Infinity, que cobra dos clientes por chamada e não por minuto.

"A notícia é muito grave e tem um impacto enorme no mercado, e por isso precisa ser esclarecida o mais rápido possível", disse o ministro em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. "Considerando a autonomia da agência e a prudência que esse caso exige, pedi que resultados sejam buscados o quanto antes e divulgados para a opinião pública", completou.


Relatório preliminar da agência apontou que em apenas um dia (08/03/2012), 8,2 milhões de usuários foram afetados, em todo Brasil, por desligamentos provocados pela rede da prestadora. Com a interrupção do serviço e a necessidade de efetuar uma nova ligação pagando mais uma vez pelo que seria uma única chamada, o documento da Anatel estima que os consumidores gastaram R$ 4,3 milhões a mais apenas no dia analisado.


"Uma coisa é dizer que a qualidade está ruim, outra é dizer que deliberadamente há uma derrubada de ligações, para lesar o consumidor e obter mais receitas. Se for isso, vira problema de polícia, criminal, por isso é preciso cuidado com esse processo", concluiu Bernardo.


Hoje 97,6% dos 58,87 milhões de clientes da TIM usam o plano Infinity, lançado em 2009. A oferta permite que o cliente pague R$ 0,25 por ligação, independentemente do tempo que ela durar. De acordo com o relatório da Anatel, a interrupção das chamadas dos clientes Infinity é até quatro vezes maior do que a dos demais. Assim, cada vez que a ligação cai, o cliente precisa pagar mais R$ 0,25 para refazer a chamada.

Quando a cobrança da ligação é tarifada por chamada e não por minuto, o índice de interrupção do serviço é maior, segundo o relatório da Anatel. O documento diz que não há explicação "técnica e lógica" para essa diferença.


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