Neste sábado, dia 14 de abril, comemora-se o Dia Internacional do Café. Bebida nacional, o café determinou alguns dos grandes momentos da História brasileira, política e econômica. De uns anos para cá, tem conseguido chegar aos consumidores mais exigentes tanto brasileiros como europeus e americanos.
O crescimento no consumo do café do tipo 'gourmet' (café com alta qualidade), tanto no Brasil como em outros países, associado à onda de certificações (ambientais, orgânicos, comércio justo, entre outros), está criando um cenário propício para que os pequenos produtores de café possam se desenvolver. É o que acredita o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), do Sindicafé-SP e presidente da Câmara Setorial do Café da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, Nathan Herszkowicz.
Segundo ele, o mercado de café gourmet praticamente inexistia sete anos atrás. "Hoje representa 5% do mercado total brasileiro. Acreditamos que, em 10 anos, esse mercado chegue a triplicar", diz. Ao mesmo tempo que há ainda um grande mercado para o pequeno produtor, há também espaço para o pequeno torrefador.
Segundo informações da Agência Sebrae de Notícias, a Abic vem trabalhando para que novas oportunidades possam se abrir para as pequenas empresas do setor. Em 2004, criou o Programa de Qualidade do Café, com a certificação de todo o processo industrial do café, mas incluindo boas práticas em relação a funcionários e o meio ambiente. "É um ISO 9000 para o processo de produção do café."
Cafeterias
Um bom exemplo do 'boom' que vive atualmente o café gourmet é a vinda de cafeterias estrangeiras para o Brasil, como Starbucks. Segundo Nathan Herszkowicz, o número de lojas no Brasil tem potencial de crescer 20% anualmente. Hoje existem 2,5 mil unidades no País, número que pode chegar a três mil entre 2007 e 2008.
Pequeno produtor
O Sebrae tem apoiado produtores em várias regiões do Brasil. Cinco projetos ligados à cafeicultura em Minas Gerais (região de Araxá, São Sebastião do Paraíso, Viçosa), em São Paulo e Espírito Santo estão dentro da metodologia de Gestão Estratégica Orientada para Resultados (Geor), cujo principal objetivo é integrar as ações dos diferentes atores no segmento, aumentando a transparência na aplicação dos recursos e proporcionar resultados finais aos pequenos negócios.