A maioria dos analistas do mercado aposta em um corte de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) desta semana.
Com isso, a taxa cairia para 17,25% ao ano. Para o diretor de Pesquisas de América Latina do Banco WestLB, Ricardo Amorim, um corte dessa magnitude ''não tem nada de agressivo, considerando-se que agora há mais espaço entre as reuniões do Copom (a cada 44 dias).''
O economista afirma que, caso o Copom opte por reduzir em apenas 0,5 ponto porcentual a taxa básica, esse movimento estará abaixo do esperado. Amorim prevê um crescimento econômico de 3,5% em 2006, com um gradual afrouxamento da política monetária. Em ano eleitoral, pode-se esperar também algum aumento do gasto público.
A economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli, alinha-se com a parcela do mercado que aposta em corte de 0,5 ponto porcentual. Segundo um boletim distribuído por Maristella, um corte desta magnitude seria condizente com o ritmo de flexibilização da política monetária que o Banco Central vem mantendo. Para a economista, o BC não deve mudar a percepção quanto à velocidade ''ótima'' de ajuste dos juros no curto prazo. (P.C.M./AE)