O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou na noite desta segunda-feira que seu encontro com da presidente eleita Dilma Rousseff "será anunciado na hora certa", indicando que não há uma data fechada. Ao ser perguntando se o discurso feito pouco antes, durante o evento Prêmio Qualidade 2010 Sinaprocim-Sinprocim, no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), não tinha um tom de despedida do governo, Meirelles sorriu e respondeu: "Foi de celebração", o que repetiu por duas vezes.
"Portanto, alguns me perguntam o que o senhor espera para o futuro, o que o senhor espera para a vida pública. Eu espero terminar de fato esse mandato juntamente com o presidente Lula, concluindo esse tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central do Brasil que é zelar pela estabilidade macroeconômica do País e, portanto, prover as condições básicas para o crescimento sustentado", disse, quase no final do seu discurso, depois de ter detalhado vários números que mostraram a evolução macroeconômica brasileira desde 2003 até o momento e a estabilidade dos fundamentos econômicos com previsibilidade da condução da política econômica.
Meirelles afirmou que a conjuntura econômica atual representa "um momento de gratificação" pois o País deve registrar um dos maiores índices de crescimento no mundo, de 7,3% em 2010 como estima o Banco Central, com inflação dentro da meta, forte criação de empregos e substancial aumento da renda das famílias. Ele ressaltou que o desemprego no Brasil, que está em 6,2%, deve ser a menor marca de todos os países que integram o G20. Ele ressaltou que o desempenho do País gera satisfação para os empresários, os cidadãos e os membros do governo, no qual ele se incluiu, como colaboradores do processo de evolução econômico-social dos últimos oito anos. "E agora temos as bases para enfrentar novos desafios", afirmou, referindo-se ao futuro do Brasil.