As compras do exterior na terceira semana de novembro bateram recorde em média diária, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Foram importados US$ 3,931 bilhões na terceira semana de novembro, com média diária recorde de US$ 982,8 milhões, o que representa um aumento de 17,7% em relação às duas semanas anteriores.
De acordo com os dados do MDIC, o crescimento foi motivado pelos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos e plásticos e obras.
Ante as médias de novembro de 2009, o crescimento é ainda maior, de 46,2%, com expansão nos gastos, principalmente com aeronaves e peças (+135,9%), cobre e suas obras (+116,3%), borracha e obras (+93,9%), adubos e fertilizantes (+76,2%), combustíveis e lubrificantes (+69,1%) e siderúrgicos (+68,9%).
Os US$ 3,268 bilhões em exportações registradas nos quatro dias úteis da terceira semana de novembro, com média diária de US$ 817 milhões, representaram um recuo de 16,8% em relação à média de US$ 982,2 milhões apurada nas duas primeiras semanas do mês, de acordo com dados divulgados a pouco pelo MDIC.
A retração na média de vendas de bens intermediários foi de 53,2%, de US$ 178,8 milhões para US$ 83,7 milhões, principalmente devido à queda nos embarques de açúcar em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro e aço, ferro-ligas, ferro fundido, couros e peles. As exportações de básicos caíram 15,1%, de US$ 429,5 milhões para US$ 364,7 milhões, em função dos embarques de minério de ferro, petróleo em bruto, farelo de soja, milho em grão, carne bovina e fumo em folhas.
Já as vendas de manufaturados permaneceram praticamente estáveis, com queda de 2,1%, de US$ 358,8 milhões para US$ 351,2 milhões, sobretudo em aviões, automóveis, açúcar refinado, óleos combustíveis e suco de laranja.
Na comparação com a média de novembro do ano passado, porém, houve aumento de 47,2% nas exportações, e em todas as categorias de produtos. As vendas de básicos aumentaram 86,4%, principalmente em minério de ferro, milho em grão, petróleo em bruto, soja em grão, café em grão, farelo de soja e carnes de frango, bovina e suína.
Os embarques de bens intermediários ficaram 46,5% maiores, por conta de óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, açúcar em bruto, ouro em forma semimanufaturada, couros, peles e celulose. Já o crescimento das vendas de manufaturados nessa comparação foi 20,9%, em razão de partes de motores para veículos, veículos de carga, aviões, laminados planos, autopeças, automóveis e açúcar refinado.