O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a garantir nesta segunda-feira (8) que o preço do gás natural não subirá no Brasil por causa da decisão do governo boliviano de nacionalizar as reservas do combustível, anunciada há uma semana.
"O fato de a Bolívia nacionalizar o gás não significa que vai faltar gás no Brasil. Nem vai faltar gás no Brasil e nem vai aumentar o preço do gás. Ele vai aumentar quando tiver que fazer a renovação de contrato. De cinco em cinco anos, a Petrobras tem que discutir e fazer o reparo no preço porque o preço sempre será uma coisa que tem uma combinação", disse Lula em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.
Segundo o presidente, o governo vai negociar com os bolivianos para que o consumidor brasileiro do gás natural não sofra prejuízo. "Quando nós formos negociar o preço do gás com a Bolívia, nós também vamos querer o melhor preço para o nosso consumidor e eles vão querer o melhor preço para a Bolívia e você vai encontrar um denominador comum".
Lula lembrou que a Bolívia não é o primeiro país do mundo a nacionalizar seus recursos naturais. De acordo com ele, decisão como essa já foi tomada no Brasil, Chile, Argentina, Chile, Iraque, Irã, Líbia, México. "Todos os países querem ser donos da riqueza que está no seu subsolo e a Bolívia tem no gás a sua única riqueza; portanto, o povo, de forma plebiscitária, escolheu nacionalizar o gás".
O Brasil consome cerca de 32 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Desse total, 26 milhões (81%) vêm da Bolívia. Dentro do Brasil, as distribuidoras, que vendem gás para os consumidores, consomem 25,2 milhões de metros cúbicos por dia, as termelétricas consumem 6,3 milhões de metros cúbicos por dia e as refinarias da Petrobras, 4,5 milhões de metros cúbicos por dia.
Informações da ABr e Folhapress