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Lula diz que poder aquisitivo do mínimo dobrou

30 abr 2007 às 11:13

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta segunda-feira (30), em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, a recuperação do valor do salário mínimo no país, atualmente de R$ 380. "É importante comparar o que ele poderia comprar de cesta básica em janeiro de 2003 e o que ele pode comprar hoje. Ou seja, praticamente dobrou o poder aquisitivo do salário mínimo no Brasil", disse.

Segundo Lula, o atual valor do salário mínimo colocará no mercado cerca de R$ 15 bilhões a mais. "É dinheiro que está circulando, gente que está consumindo. Quando há consumo, as lojas encomendam mais na fábrica, as fábricas produzem mais, geram mais empregos. Eu acho que todo mundo ganha mais com isso". As informações são da Agência Brasil.


O presidente destacou também que 86% dos trabalhadores ganharam aumento real de salário desde 2006. "Além da inflação, eles tiveram um ganho no seu poder aquisitivo. E 96% tiveram, no mínimo, a inflação".


Ele reconheceu, no entanto, que o valor ainda é baixo. "Obviamente que o salário mínimo sempre é pouco, sempre é pouco porque é o mínimo. Ele é pouco no Brasil e é pouco no mundo inteiro. Mas o que nós estamos fazendo é que estamos reajustando o salário mínimo sempre acima da inflação para que a gente possa ter um poder de compra que permita um cidadão que ganhou o salário mínimo cuidar de si e da sua família", destacou o presidente.


Lula utilizou o programa para mandar um recado a todos os trabalhadores do país. "Estou desejando um feliz 1º de maio, com a certeza de que o 1º de maio de 2008 será melhor do que o 1º de maio de 2007", afirmou.


De acordo com o presidente, o país ficou 20 anos sem gerar emprego ou dispensando mais trabalhadores do que contratando. "Agora está o inverso. E o número mais positivo é o número do mês de março, em que a gente bateu o recorde na geração de emprego com carteira assinada, ou seja, foi 91% maior do que foi em março de 2006". O presidente ressaltou que esse foi o melhor número desde a existência do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


"Eu tenho razões de estar otimista. Tenho razões para acreditar que as coisas vão melhorar e tenho razões para acreditar que, junto com os trabalhadores, nós iremos construindo uma forma de melhorar a vida do povo trabalhador do nosso país". Para Lula, o país tem um "potencial extraordinário" de geração de empregos.


"A nossa expectativa é de que, com o crescimento da economia, e todos os números indicam que a economia brasileira vai continuar crescendo de forma mais vigorosa nos próximos anos, e com a implantação do programa de aceleração da economia e também com a desoneração, ou seja, com a isenção de impostos que nós fizemos para material de construção civil e para a própria construção civil, nós temos aí um potencial extraordinário de geração de empregos no Brasil", afirmou.

O presidente disse também que a economia está crescendo, e os empresários estão ganhando mais dinheiro e dividindo "um pouco" dos seus ganhos nos acordos salariais. "É pouco diante daquilo que os trabalhadores brasileiros precisam conquistar para recuperar o seu poder aquisitivo. Mas eu acho que já é um passo extramente importante".


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