A Caixa Econômica Federal informou nesta terça-feira (26) que teve lucro líquido de R$ 6,7 bilhões, em 2013. O resultado representa crescimento de 19,2% sobre o resultado ajustado do ano anterior, ajuste decorrente da mudança de prática contábil relativa ao tratamento do saldo das contas poupanças encerradas, cujos titulares tinham CPF ou CNPJ irregulares. Na operação, a Caixa registrou os recursos dessas contas como receitas operacionais, o que elevou o lucro líquido da empresa em R$ 420 milhões no balanço de 2012 depois do pagamento de tributos. Sem considerar tal ajuste, o crescimento do resultado líquido teria sido de 10,8% sobre 2012.
A Caixa informou também que o retorno sobre o patrimônio líquido médio alcançou 26,2% no período. Já no quarto trimestre, o resultado chegou a R$ 1,7 bilhão, aumento de 9,9%. Houve retorno sobre o patrimônio líquido equivalente a 28%. No ano, o banco injetou mais de R$ 635 bilhões na economia brasileira, por meio de contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais, investimentos em infraestrutura própria, remuneração de pessoal, dentre outros. Outras fontes de recursos, R$ 4,2 bilhões, foram arrecadados pelas loterias e repassados à sociedade para aplicação em educação, cultura, seguridade, esportes e segurança.
O patrimônio líquido da Caixa aumentou em 13,8%: atingiu R$ 27,4 bilhões. Os ativos totais administrados alcançaram R$ 1,5 trilhão. A carteira de crédito ampliada atingiu saldo de R$ 494,2 bilhões, com crescimento de 36,8% em 2013, o que indica participação de 18,1% no mercado. O destaque foi o crédito habitacional, cujas contratações atingiram o valor de recorde de R$ 134,9 bilhões no ano, superior a 2012 em 26,4%.
Também merece destaque, entre outras coisas, o crescimento da carteira de operações de crédito a infraestrutura, que atingiu R$ 37,1 bilhões. No ano de 2013, foram conquistados mais 6,4 milhões de correntistas e poupadores, que totalizaram uma base com 71,7 milhões de clientes, crescimento de 9,9% quando comparado ao ano anterior.
Em 2013 a Caixa conquistou o quinto lugar no ranking das marcas mais valiosas do Brasil. O valor da marca aumentou 88,2% em um ano, chegando a US$ 6,4 bilhões e se tornou a terceira empresa estatal mais valiosa do país.
O banco, destaca também, que obteve ainda a classificação Mais Alto Padrão da Fitch Ratings, ratificando avaliação anterior da Moody´s Investors’ Service que, desde 2007, atribui à instituição o conceito MQ1, representando excelência na gestão de recursos de terceiros.
Hoje, outra agência de classificação de risco, a Standard & Poor, reduziu a nota de classificação de risco da Caixa e de outras instituições brasileiras.