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Londrinense está receoso com a economia local, diz pesquisa

15 dez 2016 às 17:35

O Fórum Permanente de Planejamento Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável de Londrina - composto por 37 entidades participantes dos mais variados setores - incluindo o Grupo FOLHA, apresentou nesta quinta (15) os trabalhos realizados em 2016 que vislumbram uma análise sólida sobre o cenário local deste ano e propostas de soluções futuras acerca dos mais variados segmentos da cidade – incluindo econômicos - baseando-se em pesquisa própria, além de estudos e indicadores oficiais.

O levantamento de 2016 apontou que os londrinenses continuam bem receosos com a economia na cidade. Segundo a pesquisa realizada em agosto, 35,3% concordam que Londrina teve um bom desenvolvimento econômico nos últimos quatro anos, enquanto 32,9% discordam disso. Em relação à abertura de empresas, 27% acreditam na facilidade deste processo e 39,8% discordam. Já questionados se a cidade oferece boas opções de emprego, apenas 27,2% apostam neste cenário e a grande maioria, 44,4%, não concordam com a afirmação.


O evento contou com a presença do prefeito Alexandre Kireeff, empresários, integrantes do Fórum Desenvolve Londrina, autoridades regionais e alguns secretários do novo prefeito, Marcelo Belinati, que não compareceu.


Todas as análises e projeções foram divididas em duas publicações: o "Manual de Indicadores de Desenvolvimento 2016", com a "V Pesquisa de Percepção da População Sobre a Cidade de Londrina", com mais de 60 indicadores atualizados do município. E o caderno de estudos "Caminhos para o Desenvolvimento", que traz uma edição especial com o reestudo e atualização de nove assuntos já aprofundados pelo Fórum na última década: educação fundamental (2007), desenvolvimento empresarial (2008), mobilidade urbana (2009), terceiro setor (2010), adolescentes em conflito com a lei ( 2011), saúde (2012), resíduos sólidos (2013), industrialização (2014) e gestão pública.


De acordo com o presidente do Fórum, Ary Sudan, é fato que a população está afetada pela crise econômica nacional – tanto trabalhadores como empresários – mas ele considera que é possível fazer melhorias pontuais no município que podem dar fôlego ao cenário futuro. "É possível eliminar travas pontuais que temos na cidade, que ajudam a desburocratizar o sistema, criar infraestrutura básica para as empresas, melhorar o marketing da cidade e, assim, envolver mais a população neste processo."


Para Sudan, que também é vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), se o novo prefeito, Marcelo Belinati, e sua equipe de secretários olhar para as propostas do fórum, podem "pegar o bastão correndo" e ter maior facilidade para lidar com diversas situações nas mais diferentes áreas. "Ele pode antecipar muitos assuntos e começar a colocar em prática imediatamente o que consideramos prioridade. Além disso, ele conhece os caminhos para obter recursos para Londrina e isso será muito importante."


O prefeito Alexandre Kireeff disse que a crise econômica e política não irá acabar com a troca de comando na prefeitura, mas que é um bom caminho a administração pública estar alinhada com os trabalhos do fórum. "Priorizar alguns temas pode tornar a expectativa dos trabalhos muito mais eficaz. O fato é que a nova administração terá um desafio monumental pela frente."

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