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Londrina: trabalhadores do comércio recebem reajuste de 12%

21 nov 2013 às 10:10

Os sindicatos patronal e de trabalhadores do comércio de Londrina fecharam na quarta-feira (20) a negociação salarial da categoria, mas sem acordo sobre o funcionamento nas tardes de todos os sábados do mês. Em reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Londrina (Sindecolon), foi acertado reajuste de 12,69% para o piso, que passa de R$ 823 para R$ 927, e de 10% para quem recebe valores maiores. O pagamento deve ser retroativo a maio.

A reunião de ontem durou quatro horas e encerrou a novela de mais de seis meses de negociação. Diretor do Sindecolon, Celio Vila afirma que não houve acerto sobre as tardes de sábado porque o Sindicato do Comércio Varejista de Londrina (Sincoval) não aceitou que os funcionários trabalhassem apenas em fins de semana alternados. "Eles queriam que o revezamento fosse só do terceiro sábado em diante e nós não aceitamos", diz Vila.


Ele lembra que ainda é possível que lojas abram em todos os fins de semana, desde que com acordo homologado no sindicato entre patrão e trabalhadores. A boa notícia para os comerciantes é que o comércio voltará a abrir nos três primeiros sábados já a partir do próximo mês, nos mesmos moldes da Convenção Coletiva de Trabalho vencida no último mês de junho. A diferença é que haverá pagamento de horas extras de 70% para horas trabalhadas depois das 13 horas nos dois primeiros sábados e de 100% no terceiro, além de vale alimentação de R$ 12,50 para fins de semana.


Com a assinatura do dissídio, Vila diz que também foi renovado o artigo que garante a abertura de lojas até as 22 horas durante dezembro, para aumentar as vendas para as festas de fim de ano. Da mesma forma, está confirmado o expediente no próximo dia 10, feriado de aniversário de Londrina. O acordo sobre outras datas, como Carnaval, também repete o de anos anteriores.


O reajuste salarial de 12,69% foi definido por ser o mesmo dado pelo governo estadual para o mínimo do Paraná. O advogado do Sincoval, Ed Nogueira de Azevedo Junior, foi procurado ontem, mas não pôde atender a reportagem até o fechamento desta edição.


Novela


Representantes dos dois sindicatos entraram em rota de colisão desde o início do ano, quando começaram a negociar o dissídio. Houve troca de acusações de que o Sincoval fez proposta salarial com redução do valor e de que o Sindecolon queria aumento abusivo. Os sindicalistas somente sentaram para discutir de forma mais amistosa quando a entidade de trabalhadores aceitou discutir a abertura de lojas em todos os sábados do mês.

No entanto, houve novas discordâncias. Os trabalhadores queriam receber hora extra nas tardes de sábado e trabalhar em esquema de revezamento, enquanto os patrões preferiam incluir um abono salarial em vez de hora extra e com alternância de equipes apenas depois dos dois primeiros sábados. Questão que deve voltar à mesa de negociação no próximo ano.


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