Londrina já é uma referência regional quando o assunto é produção audiovisual. Mas o objetivo do Núcleo de Audiovisual da cidade (NAV), do Programa Empreender, idealizado e coordenado pela Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), é fazer a cidade se destacar nacionalmente.
Com esta finalidade será instituída uma governança envolvendo diversas entidades e organizações visando alavancar o setor. No próximo dia 18 (terça-feira), um evento irá reunir representantes da Acil, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), da Sercomtel, da Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), do Convention Bureau, da Secretaria de Cultura e das universidades, além de um grupo de produtoras de vídeo da região, para oficializar a instalação de uma governança, modelo administrativo que irá traçar os passos para o pleno desenvolvimento da área.
Durante o encontro do dia 18 haverá um painel sobre a Economia Criativa do Setor Audiovisual, mostrando números e estratégias para planejar, formular, atrair e executar políticas públicas e iniciativas privadas visando o crescimento da área. Para isso será preciso a união de todas as entidades responsáveis pelo desenvolvimento da cidade.
Momento é favorável
O audiovisual brasileiro, a despeito da recessão, exibe crescimento cinematográfico. Em 2014, o setor gerou R$ 24,5 bilhões em renda para a economia do País, contra R$ 8,7 bilhões em 2007, aponta pesquisa da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Uma expansão que beira 9% ao ano e vem acompanhada de um salto no volume de produções para cinema, TV e outras mídias, com aumento na oferta de empregos. Somente no ano passado, foram rodados 129 filmes brasileiros, dois deles em Londrina. Além disso, a produtora Kinopus está realizando na cidade duas séries televisivas com orçamento de mais de R$ 1,5 milhão.
A frente digital se destaca como a nova via de crescimento do setor. O Brasil já é o oitavo maior mercado em vídeo sob demanda no mundo, com estimativa de gerar US$ 352,3 milhões em receitas este ano. Isso representa um mercado duas vezes maior que o mexicano ou o triplo do tamanho do segmento argentino. O audiovisual manterá o crescimento de dois dígitos em 2017. Há acertos em políticas de incentivo e financiamento. E o Brasil está em linha com as tendências criativas do mundo. Se houver opções regulatórias adequadas, o setor ganhará mais capacidade de crescer.