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Londrina: Fórum apresenta mercados para comércio exterior

02 ago 2013 às 11:49

O Sebrae/PR, a Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), a Terra Roxa Investimentos, o Instituto Mercosul e o Programa de Extensão da Indústria Exportadora (PEIEX) promoveram, na última quarta-feira (31), o 1º Fórum de Negócios Internacionais de Londrina.

De acordo com Heverson Feliciano, gerente regional do Sebrae/PR no norte do Paraná, o Fórum foi uma forma de incentivar as empresas de Londrina e Região a ingressarem no comércio exterior. "Já temos empresas na nossa região que internacionalizaram os negócios, mas queremos ampliar esse número. Além disso, o evento tem o objetivo de preparar os empresários para negociar com os mercados africano e asiático."


A economista Mônica Araújo da Costa, da Agência Brasileira de Promoções de Exportações e Investimentos (APEX), explica que o Produto Interno Bruto (PIB) e a estrutura política mostram o que os países serão no futuro e apontam o potencial de consumo. "A variação é muito parecida. O PIB mundial deve crescer 4% em 2014 e 3,9% na América Latina", diz Mônica da Costa.


Dentre os países da América do Sul, o Peru e a Colômbia terão papel fundamental na economia do continente até 2018. "A Colômbia deve ultrapassar a Argentina e se tornar o principal parceiro comercial do Brasil", destaca Mônica Costa.


Ela acrescenta que dados de 2011 apontam que o Brasil forneceu 40% dos produtos que foram comprados pelos países da América do Sul. O País ocupa a terceira posição no ranking de fornecimento de alimentos para a América do Sul e os principais produtos são: carnes in natura, frango, cereais em grãos, carne suína e café cru.


No setor da metalurgia, Colômbia, Argentina, Peru, Chile e Equador são os principais consumidores, ao passo que Brasil e China são os maiores fornecedores. "No entanto, os produtos brasileiros possuem maior valor agregado. Esse é um setor de boas oportunidades, pois quem conhece as ferramentas da China sabe que elas não têm qualidade", destaca Mônica de Araújo.


Mercado asiático
Desde 2003, o PIB da China cresce bem acima da PIB do mundo todo. Mesmo com a crise mundial em 2008, o país apresentou saldo positivo e é considerado a "alavanca" da economia mundial. Em 2013, a previsão de crescimento chinês é de 8,5%, enquanto o PIB da Ásia e da Oceania deve ficar na margem dos 4,5% e o do mundo em torno de 2,4%.


Além disso, a previsão para o intervalo entre 2011 e 2018 aponta o potencial do mercado asiático. Enquanto o Brasil deve crescer cerca de 4%, a China deve continuar no top do ranking, com 9,75%. Outros países da Ásia também se destacam: Índia (7,24%), Indonésia (7,52%) e Vietnã (6,23%).


Mônica da Costa explica que, para aproveitar as oportunidades de negócios com os asiáticos, é preciso encontrar nichos de mercado específicos. "Os brasileiros precisam investir em produtos para as classes A e B, que apresentam alto potencial de consumo. Já que não podemos competir no quesito preço com a China, precisamos pensar em produtos de alto valor agregado."


Ela salienta que a China já ultrapassou os Estados Unidos e é o maior parceiro comercial nas exportações brasileiras. Além dos chineses, os japoneses, os indianos e os coreanos exportam produtos do Brasil.


Mercado africano
Países como a África do Sul, Angola e Moçambique devem ficar na mira dos empresários brasileiros. Na opinião de Fernando Kireeff, diretor institucional da ACIL, o desenvolvimento do comércio exterior é de extrema importância para o desenvolvimento das empresas nacionais. "O mercado africano é igualmente atraente e ainda está um pouco fora da realidade dos empresários brasileiros."

Para se ter uma ideia, o Brasil exporta 30% dos alimentos, bebidas e produtos do agronegócio para a África do Sul, 50% para a Angola e 42% para o Moçambique. "Além disso, esses três países compram de outros países, em grande quantidade, cereais em grãos esmagados, sendo que Brasil ainda apresenta pouca participação no fornecimento desses produtos", diz Mônica da Costa.


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