Crise
De acordo com os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estoque de emprego formal no Brasil apresentou elevação em fevereiro de 2017, a primeira desde março de 2015. A elevação foi de 35.612 postos de trabalho, resultado de 1.250.831
admissões e de 1.215.219 desligamentos. No acumulado do ano, no entanto, ainda o saldo nacional é negativo em 5.475 postos de trabalho, e, nos últimos 12 meses, a perda é de -1.148.845 postos de trabalho.
Conforme análise mensal do mercado de trabalho realizada pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), considerando os resultados apresentados pelo Caged, o estoque de emprego formal totalizado nas cinco principais cidades da Região Metropolitana de Londrina (RMLO) apresentou saldo positivo de 1.114 postos de trabalho, lembrando que no mês de janeiro o saldo também registrou resultado positivo de 429 empregos. O resultado de fevereiro resultou em um aumento de 0,48% nos postos de trabalho no total das cinco cidades.
No entanto, quando comparados os números de trabalhadores de fevereiro de 2016 com os de fevereiro de 2017, os resultados ainda apresentam um saldo negativo de 5.985 empregos o que representa -2.42% de redução de postos de trabalho.
Em números absolutos, Londrina se destaca com saldo positivo de 473 postos de trabalho, lembrando que vinha de uma redução de 145 postos no mês de janeiro. Em termos percentuais, a cidade de Ibiporã, com saldo de 391 contratações em relação ao mês de janeiro, apresentou um crescimento de 3,69% na sua força de trabalho com carteira assinada.
A cidade de Londrina, quando considerado o mesmo mês de fevereiro de 2016 ainda contabiliza uma perda de 3.707 postos de trabalho, ou 2,34% menos trabalhadores com carteira assinada, mas o número tem apontado uma inflexão neste quadro, sendo este resultado o primeiro com saldo mais expressivo desde maio de 2016, quando o resultado positivo foi de 69 postos de trabalho. Na projeção de trabalhadores com carteira assinada, Londrina contabiliza 155.047 neste mês de fevereiro, contra 158.764 em fevereiro do ano passado.
Também considerando a evolução nas cinco cidades da RMLO, os setores que mais contribuíram para este efeito positivo na contratação de mão-de-obra foram a indústria de transformação, que apresentou um saldo positivo de 382 postos de trabalho, o setor de serviços com 472 postos de trabalho, e a agropecuária, com saldo positivo de 371 postos de trabalho.
A construção civil ainda se ressente da crise e continua em uma trajetória negativa em termos de carteira assinada, trazendo um saldo negativo de 72 postos de trabalho, seguido pelo comércio que também deixou saldo negativo contabilizando menos 40 postos de trabalho.
Londrina sintetiza bem o comportamento de cada um destes setores com o de prestação de serviços, apresentando saldo de 355 postos de trabalho seguido da indústria que recuperou 323 postos de trabalho, enquanto o comercio e a construção civil foram juntos responsáveis pela queda de 225 postos de trabalho na cidade.
Paraná
O Paraná foi um dos 14 estados com saldo positivo em 9.962 postos de trabalho, resultado de
100.961 contratações e 90.999 desligamentos, uma variação de 9,39% em relação ao mês anterior.
Outros 13 estados da federação também trouxeram números positivos: São Paulo; Santa Catarina; Rio Grande do Sul; Minas gerais; Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Distrito Federal; Tocantins; Rondônia; Piauí e Roraima, sinalizando uma possível inflexão na curva de desemprego.