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'Lei da Muralha continua desgraçando Londrina', diz vereador

17 dez 2013 às 16:35

Derrubada oficialmente em julho de 2012, a "Lei da Muralha", que proibiu a instalação de grandes empreendimentos como hipermercados no quadrilátero central de Londrina por sete anos, continua gerando polêmica.

Na sessão desta terça-feira (17) da Câmara de Vereadores, o presidente do Legislativo Rony Alves (PTB) teceu duras críticas à liberação para instalação de um empreendimento do grupo de materiais de construção Sanderson na zona Sul da cidade, próximo ao cruzamento da avenida Dez de Dezembro com a PR-445, onde está sendo construído um viaduto.


Alves encaminhou um pedido de informação à prefeitura, em regime de urgência, solicitando cópia do processo de autorização para implementação do empreendimento por parte de todas as secretarias envolvidas.


Ele compara o caso com a lenta tramitação envolvendo a instalação do hipermercado Angeloni na avenida Madre Leônia Milito, que apesar de conseguir derrubar uma liminar na Justiça, ainda aguarda análise da Procuradoria-Geral do município para iniciar as obras.


"A muralha caiu só na letra, no papel. Na prática, continua desgraçando a cidade de Londrina. É de enojar. Enquanto isso a procuradoria continua lá, dançando do jeito que quer, dando pareceres complicados de se entender", criticou.


Em entrevista ao Portal Bonde, o procurador geral da prefeitura, Zulmar Fachin, rechaçou as declarações do presidente da Câmara. "Dia sim, dia não, ele ataca a procuradoria do Município. Não sei qual o propósito dos ataques frequentes", criticou.


Fachin ainda disse que o vereador Rony Alves está "mal informado" e confirmou que o parecer da Procuradoria Geral sobre o caso Angeloni já foi emitido na segunda-feira (16) e retornou ao Instituto de Pesquisa e Planejamento de Londrina (Ippul). O órgão deve colher assinaturas da empresa para a finalização do processo.

"A procuradoria avalia se os requisitos necessários estão preenchidos conforme a lei. Nosso trabalho é primar pela legalidade", ressaltou Fachin, lembrando que o empreendimento da empresa Sanderson passou por todo o processo antes da liberação.


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