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Absurdo!

Lata de cerveja custa até R$ 12 na praia

Agência Estado
29 dez 2014 às 09:08

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- Divulgação
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De olho nos 2,5 milhões de turistas que deverão passar o ano-novo no litoral norte de São Paulo, pousadas, hotéis, restaurantes e prestadores de serviços reajustaram seus preços para o público final, de 30% a 50%. A constatação é feita por moradores e turistas, que sentem a diferença no bolso. Nas praias do litoral sul, uma das principais queixas dos visitantes neste domingo, 28, também era sobre os preços das comidas e bebidas oferecidas à beira-mar.

Por meio de vendedores ambulantes, o preço da cerveja varia entre R$ 6,00 e 12,00 nas praias do litoral norte, enquanto o refrigerante em lata é comercializado por R$ 7,00 em média. No Guarujá, geralmente vendida a R$ 5 na praia, a lata de cerveja pode custar até R$ 7 nas barracas mais caras. O preço da água de coco é R$ 6 e da água natural, de pelo menos R$ 3. A porção inteira de camarões ou de merluza dificilmente sai a menos de R$ 45.

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Para economizar, bolsas térmicas e isopores com bebidas e petiscos são estratégias comuns. "Compramos no supermercado e trazemos quase tudo de casa para nós e as crianças", afirmou o empresário Joaquim Carqueijo, de 41 anos, que veio com a família da capital para passar o réveillon na Praia de Pitangueiras, no Guarujá. "Só compramos das barracas daqui quando os nossos acabam. Se não for assim, gastamos muito dinheiro."

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Mesmo com as praia lotadas no último domingo do ano, para o comércio do Guarujá a queixa é de que o movimento recuou. "Acho que caiu pelo menos 20% em relação ao ano passado", estima Carlos Alberto dos Santos, conhecido como Mineiro. Dono de uma barraca de petiscos e bebidas, ele tem 48 anos e quase 30 no comércio de praia do Guarujá.

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Litoral norte


Em um restaurante da Praia de Camburi, em São Sebastião, todos os itens do cardápio tiveram seus preços reajustados. Um dos pratos mais pedidos, o filé mignon à parmegiana, passou de R$ 82,00 (em novembro) para R$ 145,00.

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A diferença foi notada pela empresária paulistana Mariana Domingues, de 42 anos, que tem casa no local e costuma jantar no local quando desce à praia. "Percebi que todos os pratos deste restaurante aumentaram mais de 50%, assim como as bebidas. Mas todos os anos é assim. Enfiam a faca sem dó."


O advogado aposentado Eduardo Freire, de 72 anos, queixava-se na tarde deste domingo do valor que foi cobrado por um filé de peixe em um restaurante em Ilhabela. "Acho muito caro pagar R$ 68,00 em um filé, que acompanha apenas arroz e fritas. Com esse valor creio que daria para comprar uns 6 quilos deste mesmo peixe", comparou o advogado, que também reclamou da demora no atendimento. "O prato demorou uma hora e as batatas chegaram frias."

O casal de turistas Ana Paula de Oliveira, de 22 anos, e Juliano Meira, de 26, tenta fugir dos preços altos levando bebidas para a praia em um isopor. "Os comerciantes reclamam quando os turistas levam as bebidas, mas comprei em São Paulo latinhas de cerveja a R$ 2,99, enquanto nos bares não achamos por menos de R$ 8,00.


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