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Kireeff promete parque industrial 'modelo' para dezembro de 2016

23 set 2014 às 12:22

O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), assinou na manhã desta terça-feira (23) em seu gabinete o empréstimo de R$ 50 milhões da Agência de Fomento do Paraná e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O candidato a reeleição ao governo do estado, Beto Richa (PSDB), era esperado para assinatura do empréstimo, mas não compareceu por atrasos em compromissos de campanha.

Do total de recursos, R$ 30 milhões serão destinados à conclusão da desapropriação do entorno do aeroporto Governador José Richa, em Londrina, com objetivo de ampliar a pista e instalar o ILS.


Outros R$ 20 milhões vão custear a construção de parques industriais. "Vamos oferecer um parque já com infraestrutura, um modelo autofinanciado que desonera o poder público e torna mais competitivo para atração de empresas. É um modelo moderno, desenvolvido pela Codel, que cria um dinamismo e torna a cidade muito mais atrativa", afirmou Kireeff em entrevista coletiva.


O Parque Industrial da Zona Noroeste terá 272 lotes de dois mil metros quadrados. A expectativa do município é comercialização em um prazo de cinco anos. Segundo Kireeff, o primeiro polo deve ser entregue em dezembro de 2016, apto a receber as indústrias com toda infraestrutura pronta.


O outro parque industrial previsto para a região Sul só deve sair do papel quando o primeiro começar a funcionar. A ideia da prefeitura, segundo Kireeff, é custear a construção com a receita do parque da zona noroeste.


Questionado sobre a garantia do empréstimo de R$ 50 milhões, o prefeito afirmou que resta apenas a tramitação no Legislativo. "Existe uma tramitação municipal, o empréstimo tem que passar pela Câmara de Vereadores. Toda parte financeira e legal entre o município e o governo do Estado foi superada. (o recurso) Está garantido".


Plano Municipal


O investimento na instalação dos parques industriais integra o Plano Municipal de Desenvolvimento Industrial, lançado oficialmente pela atual administração também na manhã desta terça-feira.


O prefeito Alexandre Kireeff assinou três decretos municipais: um deles criou o plano e os outros dois tornaram de utilidade pública as áreas que vão receber os novos parques industriais. O terreno na região noroeste é do Companhia de Habitação do Município (Cohab) e vai precisar ser cedido pelo órgão ao Executivo. "Vamos conseguir capitalizar a Cohab com essa iniciativa", argumentou Kireeff.


O prefeito também foi questionado sobre as empresas que, há dez meses, receberam terrenos públicos do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) e esperam, até hoje, pela infraestrutura. Kireeff adiantou que o município não vai investir a verba estadual, proveniente do empréstimo, nas áreas que já foram doadas. "São dois projetos diferentes. Não podemos deixar que um influencie o outro. Os terrenos já entregues às empresas dependem, agora, da contrapartida delas, que prometeram realizar os projetos para a infraestrutura", destacou.


O presidente da Codel, Bruno Veronesi, garantiu que pelo menos 150 indústrias têm interesse em se instalar na cidade. "Precisamos criar um modelo para convencer os empresários de que a vinda para o município é rentável. Também pretendemos levar este novo modelo para outras localidades, para 'vender' a imagem de Londrina como uma cidade que tem potencial", argumentou.


Ele também destacou que a instalação de novas indústrias pode fazer com que a prefeitura arrecade mais ICMS. "Cidades do mesmo porte de Londrina, como Ribeirão Preto (SP), arrecadam quase R$ 400 milhões com o imposto. Já Londrina, no ano passado, arrecadou R$ 115 milhões. Isso é inadmissível", ressaltou.


Aeroporto


O processo de desapropriações das áreas localizadas no entorno do Aeroporto Governador José Richa está parado desde outubro do ano passado, justamente por conta da falta de recursos. Kireeff garantiu que o atraso não comprometeu o cronograma da Infraero, que necessita dos terrenos desapropriados para realizar uma série de melhorias no terminal, como a ampliação da pista em 600 metros, a construção de novas salas de embarque e desembarque e de um muro perimetral, e a tão esperada instalação do ILS.


Questionado sobre quando o processo de desapropriação será retomado, Kireeff desconversou: "Vamos seguir o cronograma da Infraero", limitou-se a dizer.


A Infraero pretende investir R$ 80 milhões no Aeroporto de Londrina até 2018.

(Atualizado às 14h39)


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