A 7.ª Vara do Trabalho acatou solicitação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Londrina (Sintracom) e determinou a quebra do sigilo fiscal do suposto "sócio oculto" da Iguaçu do Brasil. A construtora é acusada de fraudar diversos empreendimentos em Londrina. De acordo com investigações do Ministério Público (MP), a empresa teria lesado mais de 650 famílias em pelo menos R$ 100 milhões. A Iguaçu também é suspeita de construir imóveis na cidade sem autorização dos órgãos competentes.
O juiz da 7.ª Vara do Trabalho, Mauro Paroski, determinou que também sejam quebrados os sigilos fiscais da empresa do possível "sócio oculto" e do sócio-proprietário da Iguaçu e ex-prefeito de Mandaguari (noroeste), Carlos Alberto Campos de Oliveira.
A Justiça quer as cópias dos impostos de renda das duas partes para comprovar se existiu algum tipo de relação financeira entre as mesmas. O advogado do Sintracom e de 56 ex-funcionários da Iguaçu, Jorge Custódio, quer que o nome do "sócio oculto" seja incluído no processo aberto contra a construtora. "Caso haja a comprovação, o patrimônio dele vai poder ser usado para ressarcir os funcionários e as famílias lesadas", destacou.