Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo mostra que as taxas de juros cobradas por sete bancos consultados se mantiveram inalteradas para empréstimos pessoais em março, ante fevereiro, enquanto que para o cheque especial houve um leve aumento de 0,01 ponto porcentual. A taxa média para empréstimo pessoal seguiu em 5,87% ao mês. Já para os juros do cheque especial, a única alta verificada foi no HSBC, que ampliou sua taxa em 0,03 ponto porcentual, para 9,98% ao mês, resultado que levou a taxa média desse tipo de dívida para 9,54% mensais.
A pesquisa do Procon-SP, divulgada hoje, compara as taxas cobradas por Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú, Safra e Santander, além do HSBC. O Itaú é a instituição pesquisada que cobra a maior taxa para empréstimo pessoal (6,76% ao mês) e o Banco do Brasil, a menor (5,23%). No caso do cheque especial, a maior taxa cobrada é do Banco Safra (12,30% ao mês), enquanto a menor fica com a Caixa (8,25%).
De acordo com o Procon-SP, o resultado da pesquisa mostra que o mercado financeiro resiste em cortar seus juros mesmo com as sucessivas quedas na taxa básica (Selic) promovidas pelo Banco Central (BC).
"Apesar da redução da Selic, as taxas de juros do Brasil continuam as mais altas do mundo", afirma a entidade. "Portanto, o consumidor deve manter a cautela e verificar a real necessidade na contratação de um empréstimo."
O Procon-SP afirma que somente na pesquisa de juros do próximo mês será possível avaliar o reflexo da redução da Selic de 10,50% para 9,75% ao ano promovida pelo BC na semana passada.