O Governo do Estado já começou a mobilizar empresas, para trazer a multinacional taiwanesa Foxconn ao Paraná. A 'gigante' em fabricação de telas sensíveis ao toque anunciou que pretende fazer a instalação de duas fábricas no país em 2012. Uma delas pode ser implantada na região de Londrina. O investimento total gira em torno dos US$ 8 bilhões.
No entanto, segundo o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, questões políticas podem barrar a instalação da multinacional em solo paranaense. No entendimento de Barros, a parceria entre Foxconn e Paraná só será firmada depois do aval de ministérios importantes do Governo da presidente Dilma Rousseff.
"Temos o ministro da Tecnologia, Aloysio Mercadante, que é paulista e o Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, que é de Minas Gerais. São os dois ministros que coordenam as negociações com a Foxconn e que podem, muito bem, ajudar os seus estados no firmamento de parcerias com a multinacional", argumentou.
Apesar do jogo político, o secretário acredita que o Paraná tem boas chances de receber o investimento da empresa taiwanesa. "Representantes da Foxconn já visitaram o estado e gostaram do que viram. Tudo depende, agora, dos parceiros paranaenses, que vão precisar investir pelo menos US$ 2 bilhões na negociação", explicou.
Ricardo Barros garantiu que duas empresas já demonstraram interesse em participar da parceria. "Temos garantias da Positivo do Paraná e da Semp Toshiba, sem contar a Copel, que deve ser parceira do empreendimento com o fornecimento de energia."
Outro 'parceiro' importante do estado nas negociações com a Foxconn é o Banco Nacional do Desenvolvimento. "Sem o BNDES, a parceria não sai", declarou o secretário.