A JBS Friboi foi a empresa brasileira mais internacionalizada, conforme o ranking elaborado pela Fundação Dom Cabral (FDC) com base nos dados de 2009. O estudo destaca que a companhia possui 83,6% de suas vendas e 64% de seus funcionários no exterior, com atuação em sete países dos cinco continentes, embora tenha apenas 37,3% de seus ativos estejam fora do Brasil.
O frigorífico liderou tanto a classificação das maiores transnacionais brasileiras em termos de receita relativa quanto a lista de índices de funcionários no exterior. A Fundação Dom Cabral destacou ainda que, além de ser a empresa com maior porcentual de empregados no exterior, é a que mais aumentou o quadro funcional fora do País. O crescimento foi de 150%, influenciado pelas aquisições das americanas Swift e Pilgrims Pride.
Em segundo lugar na lista aparece a Gerdau, que registrou 48,2% de suas vendas, 54,4% de seus ativos e 46,0% de seus empregados no exterior, com operações em 14 países. A siderúrgica é a empresa que possui a maior proporção de ativos fora do País. Nos últimos dois anos, a Gerdau fez três grandes aquisições: a Gerdau Macsteel, nos Estados Unidos; a Sidenor, na Espanha; e a Corsa Controladora, no México. O relatório destacou, porém, que a companhia tem se posicionado de forma cautelosa no cenário pós-crise, adiando planos de investimentos.
O Ibope aparece na terceira posição do ranking, com 32,1% de receita, 50,7% de ativos e 54,1% de funcionários no exterior, com operações em 14 países. Em seguida aparecem Metalfrio, Odebrecht, Marfrig, Vale, Sabó, Tigre e Suzano Papel e Celulose, que completam as dez primeiras posições da lista de 40 grupos empresariais brasileiros.
A metodologia utilizada não considera instituições financeiras, devido ao aspecto diferenciado da função econômica de seus ativos. Porém, a Fundação Dom Cabral informa que, caso estivesse na listagem, o Banco do Brasil estaria na 28ª posição, com 4,7% de receitas, 6,7% de ativos e 0,07% de funcionários no exterior, com presença em 23 países em cinco continentes.