O Japão acompanha com apreensão o aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e México e se prepara para possíveis efeitos em sua economia, afirmou o secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga.
"Vamos continuar monitorando de perto como tal política poderá afetar empresas japonesas que operam no México", disse Suga, durante coletiva.
O comentário veio após a Casa Branca sugerir ontem que os EUA poderão taxar as importações mexicanas em 20% para financiar a construção de um muro ao longo da fronteira com o México.
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Suga ressaltou que a proposta ainda não foi definida e preferiu não especular sobre suas implicações, como se a questão será discutida em uma reunião esperada entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
O Japão é um grande investidor no México e várias de suas montadoras operam no país e exportam para os EUA sem pagar impostos. O México integra o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), ao lado de EUA e Canadá.
Entre montadoras japonesas, a Nissan tem a maior presença no México. A produção local da Nissan atingiu 830 mil veículos no ano até março de 2016, o equivalente a 16% de seu resultado global, segundo o JPMorgan.
Já a Mazda fabricou 214 mil veículos no México no mesmo período, 14% de sua produção mundial, de acordo com o JPMorgan.