O Itaú Unibanco registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,002 bilhões no terceiro trimestre, superando em 6% as projeções de analistas do mercado. A média das expectativas de nove casas consultadas pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, (BTG Pactual, Bradesco, Citibank, Bank of America Merrill Lynch, Deutsche Bank, GBM Brasil, JPMorgan, Safra e UBS) indicava resultado de R$ 3,769 bilhões.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2012 o lucro líquido recorrente do Itaú foi 17,88% superior. Em relação aos três meses anterior houve alta de 11,04%. Na opinião de analistas, o Itaú deveria apresentar avanço no conjunto de números no terceiro trimestre, beneficiado pela melhora na qualidade de ativos e expansão das receitas líquidas de juros. O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.
Inadimplência
O índice de inadimplência do Itaú Unibanco, considerando os atrasos acima de 90 dias, encerrou o terceiro trimestre deste ano em 3,9%, queda de 0,3 ponto porcentual ante junho, quando o indicador ficou em 4,2%, em linha com a projeção de analistas. Trata-se da quinta queda consecutiva trimestral do indicador. Na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, o recuo da inadimplência foi ainda maior, de 1,2 p.p.
"Esse indicador atingiu o menor valor desde a fusão entre o Itaú e o Unibanco, influenciado principalmente pela mudança do perfil de crédito da nossa carteira", explica o banco em relatório que acompanha as demonstrações financeiras da instituição.
A melhora do índice de inadimplência ocorreu, segundo o Itaú, em função das reduções nos indicadores de pessoas físicas e pessoas jurídicas. Os índices de pessoas físicas melhoraram 0,4 e 1,5 p.p. ante o trimestre anterior e em 12 meses, respectivamente, para 6,0%. O indicador da pessoa jurídica caiu 0,2 e 1,0 p.p., na mesma base de comparação, para 2,3%.
O Itaú Unibanco informa que não realizou cessões de crédito no terceiro trimestre de 2013.
As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, somaram R$ 4,537 bilhões no terceiro trimestre, queda de 7,6% ante o segundo, quando esses gastos totalizaram R$ 4,912 bilhões. A queda beneficiou, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras do Itaú, o resultado de créditos de liquidação duvidosa (que considera as receitas com recuperações de créditos) que somou R$ 3,240 bilhões, com redução de 11,2% na mesma base de comparação.
O Itaú destaca ainda que as receitas de recuperação de créditos baixados como prejuízo continuaram apresentando aumento. No terceiro trimestre, essas receitas foram 2,8% maiores em relação ao segundo trimestre, e atingiram R$ 1,297 bilhão.
De janeiro a setembro, as despesas com PDDs do Itaú foram a R$ 14,388 bilhões, montante 22,1% menor que o registrado em igual intervalo do ano passado. O resultado líquido das recuperações de crédito totalizou R$ 10,743 bilhões, declínio de 28,1%, na mesma base de comparação.
O saldo com provisões para devedores duvidosos do Itaú encerrou setembro em R$ 25,653 bilhões, redução de 2,8% ante junho. Em 12 meses, a queda foi de 7,33%. "O saldo da provisão complementar à mínima requerida pela resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional foi mantida, no montante de R$ 5,058 bilhões, ao final do terceiro trimestre de 2013", informa o Itaú.