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Interior concentra 76% dos empregos criados em 12 meses

30 abr 2013 às 18:41

O Paraná criou nos últimos doze meses 84.511 empregos de carteira assinada, dos quais 76% no interior. Especificamente no setor industrial, foram criados no mesmo período 16.736 empregos, sendo 88,5% fora da capital. Os dados são de pesquisas realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em dois anos - de janeiro de 2011 a janeiro de 2013 - foram criados no Estado 214.169 novas vagas formais, sendo 137.783 (64,3%) no interior. Dos 234.189 empregados contratados por meio das Agências do Trabalhador de 2011 para cá, 173.073 (74%) são do interior, que também é responsável pela maior parte dos 45.370 postos de trabalho criados nos primeiros meses de 2013.


"O resultado das pesquisas mostra que o Paraná é não só um dos Estados que mais cria empregos no País, como também expande o mercado do trabalho do interior, dando mais condições de vida para as famílias e mais oportunidades para os jovens", afirma o governador Beto Richa. Ele informa que o programa Paraná Competitivo atraiu aproximadamente R$ 21 bilhões em empreendimentos privados, muitos feitos em regiões que estavam estagnadas.


Richa disse que o governo estadual está estimulando investimentos em todas as regiões, além de concentrar recursos na melhoria da infraestrutura de estradas, portos e no reforço no fornecimento de energia. "O bom momento vivido pelo Paraná é fruto da política que adotamos, de restauração da infraestrutura, incentivo ao empreendimento produtivo, de bom diálogo com todos os setores e pela segurança jurídica", afirma Beto Richa.


Liderança - As 214 mil novas vagas criadas desde 2011 posicionam o Paraná como o Estado de melhor desempenho na região Sul e entre os cinco melhores do Brasil, segundo demonstra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.


Grande destaque é o desempenho do Paraná na geração de emprego industrial. Conforme a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), realizada pelo IBGE, o Estado registra aumento na criação de vagas na indústria de transformação há 17 meses consecutivos, contra uma trajetória de quedas seguidas no conjunto do País no mesmo período. A PIMES é realizada em dez Estados, mais as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.


Outro dado relevante é demonstrado pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME), também do IBGE. Segundo o levantamento, em 2012 a Região Metropolitana de Curitiba registrou taxa de desemprego de 3,8% da População Economicamente Ativa – menor que a média brasileira, que ficou em 5,5% e menor em comparação com as seis regiões metropolitanas alcançadas pela pesquisa.


A renda mensal média do trabalhador da Região Metropolitana de Curitiba também foi a maior entre as regiões abrangidas pela PME, em 2012. Na RMC a renda chegou a R$ 1.936,00. No Brasil, a renda foi de R$ 1.794,00.


Salário mínimo - O secretário estadual do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Cláudio Romanelli, ressalta que o Estado tem o maior salário mínimo regional do País. Enquanto que no Brasil o menor vencimento é de R$ 678,00, no Paraná é de R$ 783,20.


Nos dois últimos anos, o governo estadual adotou a política de discutir no Conselho Estadual do Trabalho o índice de reajuste anual. "A decisão é democrática, já que o conselho reúne governo, centrais sindicais e empresários", explica Romanelli. O secretário lembra que o salário mínimo regional é base para segmentos que não têm convenções coletivas de trabalho, refletindo de forma direta ou indireta no ganho de 1,5 milhão de trabalhadores.


Qualificação – Nos últimos dois anos, cerca de 16 mil trabalhadores paranaenses fizeram cursos de qualificação patrocinados pelo governo estadual e pelo governo federal. Neste ano, a previsão é abrir cerca de 80 mil vagas para qualificação de jovens, de estudantes da rede pública e trabalhadores.


Além disso, a Secretaria do Emprego e Trabalho oferece o programa Telessalas do Trabalhador, com oficinas transmitidas, ao vivo, via satélite, nas 125 Agências do Trabalhador. Sé em 2012 as oficinas foram acompanhadas por mais de 4 mil trabalhadores.

Willian de Sene, de 17 anos, morador de Ibiporã, foi um dos beneficiados pelo programa. "O curso foi a oportunidade que eu precisava para eu conhecer minhas potencialidades e conseguir meu primeiro emprego", afirma ele. Nos cursos, os trabalhadores são preparados para enfrentar processos seletivos, com orientação sobre português, matemática básica, noções de inglês, noções de informática, empreendedorismo, relações interpessoais e marketing pessoal e profissional.


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