A segunda prévia do IGP-M acelerou em junho, com alta de 1,06%, após subir 0,95% em igual prévia do mesmo indicador em maio. O resultado, anunciado nesta sexta-feira, 18, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma elevação entre 1,14% e 1,94%, com mediana das expectativas em 1,47%. O IGP-M fechado de junho, porém, pode ficar abaixo do índice de maio, quando o indicador subiu 1,19%.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de junho. O Índice de Preços do Atacado (IPA-M) subiu 1,37% na 2ª prévia anunciada, após avançar 1,19% em igual prévia do mesmo índice em maio. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) teve queda de 0,20% na segunda prévia deste mês, em comparação com o aumento de 0,45% em igual prévia do mês passado. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) registrou taxa positiva de 2,09% na segunda prévia do indicador deste mês, após registrar elevação de 0,66% na segunda prévia do IGP-M de maio.
A taxa acumulada do IGP-M é usada no cálculo de reajuste nos preços dos aluguéis. Até a segunda prévia de junho, o IGP-M acumula aumentos de 5,90% no ano e de 5,39% em 12 meses.
No atacado, minério tem alta de 32,61%
O minério de ferro mais uma vez foi a principal influência positiva da inflação atacadista medida pelo IPA-M, que até a segunda prévia do IGP-M de junho acumula altas de 6,75% e de 5,33% em 12 meses - sendo que o IPA-M representa 60% do total do IGP-M.
A FGV informou que a alta no preço do minério saltou de 27,16% para 32,61% da segunda prévia de maio para igual prévia em junho. Isso contribuiu para o avanço da inflação no setor industrial. De acordo com a fundação, até a segunda prévia deste mês, os preços dos produtos industriais no atacado registram altas de 7,18% no ano, e de 6,97% em 12 meses.
Já os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam aumentos de 5,39% no ano, e de 0,45% em 12 meses.
Ao aprofundar a análise de movimentação de preços por estágios da produção, a FGV informou ainda que os preços dos bens finais acumulam taxas positivas de 3,70% no ano e de 3,77% em 12 meses até junho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários registram altas de 5,50% no ano, e de 5,38% em 12 meses. Por fim, os preços das matérias-primas brutas registram inflação de 13,21% no ano, e acumulam taxa positiva de 7,29% em 12 meses, até a segunda prévia de junho, influenciados pela alta no preço do minério.
Na análise da movimentação de preços entre os produtos no atacado, na segunda prévia do IGP-M deste mês, as três elevações de preço mais expressivas foram registradas no já citado minério de ferro; farelo de soja (9,36%); e soja em grão (2,20%). Já as mais significativas quedas de preço, no atacado, foram apuradas em cana-de-açúcar (-4,60%); batata-inglesa (-25,92%); e açúcar cristal (-15,91%).