A expansão de 1,3% da economia brasileira no terceiro trimestre do ano, em comparação ao trimestre anterior, foi impulsionada pelo desempenho do setor industrial, que teve crescimento de 2,9% no período. Esta foi a segunda alta seguida registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), que divulgou hoje (10) os dados do Produto Interno Bruto (PIB) relativos aos meses de julho a setembro.
De acordo com a gerente Contas Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, a indústria e os investimentos lideraram a recuperação da economia.
"Esses foram os setores que, durante a crise, haviam caído mais e, agora, estão em ritmo de recuperação", observou.
Em relação ao mesmo período do ano anterior, no entanto, a indústria apresenta queda de 6,9%. A retração é menor do que as registradas nos trimestres anteriores, quando o setor chegou a cair 10,4% no período de janeiro a março e 8,6%, de abril a junho.
Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, os investimentos tiveram alta de 6,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo, registrando a maior elevação frente a um trimestre imediatamente anterior desde o primeiro trimestre de 2006. Já contra igual período do ano anterior, os investimentos caíram 12,5%, principalmente pela redução da produção interna e da importação de máquinas e equipamentos.
O consumo das famílias no terceiro trimestre teve expansão de 3,9% e registrou a vigésima quarta alta consecutiva na passagem de um trimestre para o outro, com expansão de 3,9%.
De acordo com Rebeca Palis, embora tenha sido observada redução no ritmo de crescimento em relação ao período pré-crise, ele foi sustentado pelo aumento do crédito e da massa salarial, da ocupação e do rendimento médio.
As despesas do governo tiveram elevação de 0,5% em relação ao segundo trimestre e de 1,6% sobre o mesmo período de 2008. As exportações de bens e serviços aumentaram 0,5% e as importações de bens e serviços, de 1,8% ante o trimestre anterior. Quando se observa período semelhante do ano passado, as exportações caíram 10,1% e as importações, 15,8%.