O número de empregados na indústria do Paraná aumentou 1,5% em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado. Mais uma vez, o setor industrial paranaense aparece na contramão da média nacional, que teve queda de 1,6% no contingente empregado – a décima redução consecutiva. No ano, a indústria paranaense acumula alta de 3% no número de vagas, enquanto no País houve redução de 1,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10 estados.
Um dado que chama a atenção no levantamento do IBGE é que, no Paraná, a indústria de transformação tem participação de 25,6% no total de novos postos formais de trabalho abertos de janeiro a julho. Na média nacional, essa participação é de apenas 13,3%. "Isso mostra que o Paraná vem criando empregos de qualidade superior à média nacional", afirma o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço
A indústria paranaense vem apresentando desempenho positivo na geração de empregos desde o ano passado. "Em julho, o Paraná teve o melhor desempenho entre os estados acompanhados, seguido de Minas Gerais, que também teve variação positiva no número de empregos. Todos os demais tiveram queda", diz Lourenço.
O aumento no número de vagas na indústria paranaense em julho foi determinado pelos segmentos de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (32,5%), têxtil (13,3%), produtos químicos (8,3%), metalurgia (6,9%), minerais não metálicos (6,4%), alimentos e bebidas (5,7%), fumo (4,4%) e refino de petróleo e álcool (2,3%).
O Estado ficou em segundo lugar em acréscimo real (descontada a inflação)
A renda proveniente dos salários na indústria cresceu 6,7% em julho, em relação a julho de 2011. Foi o segundo melhor índice do País, atrás da Bahia (10,2%). Na média nacional, houve crescimento de 2,5%.
O resultado paranaense foi decorrente a impulsão dos salários dos segmentos máquinas e aparelhos elétricos (43,0%), refino de petróleo (40,0%), fumo (14,5%), química (12,5%), máquinas e equipamentos (11,4%) e alimentos e bebidas (10,5%). A indústria paranaense exibiu o melhor desempenho nacional em horas pagas (1,0% contra redução de –2,5% para o País). Apenas Paraná e Minas Gerais (0,9%) tiveram alta nesse item.
RESULTADO NO ANO – Nos sete primeiros meses do ano, a base industrial do Estado contabilizou números mais expressivos que a média brasileira em contigente empregado, salários totais e quantidade de horas trabalhadas.
O pessoal empregado aumentou 3% no Paraná, contra redução de 1,3% no País. Os rendimentos saltaram 9,9% no Estado, versus 3,7% no Brasil. O volume de horas pagas cresceu 1,7% no Paraná, contra declínio de 2,0% na média nacional.
Os destaques setoriais foram máquinas e aparelhos elétricos, meios de transporte, refino de petróleo e álcool, alimentos e bebidas, têxtil, produtos químicos, metalurgia e minerais não metálicos.
No indicador anual (12 meses encerrados em julho de 2012), a indústria do Paraná tem o melhor desempenho do País, com aumento de 4,3% no número de empregos, enquanto o País teve redução de 0,7%. Na variável salários reais, o Estado também ficou em primeiro lugar (10,6% versus 3,6% para a média brasileira). No quesito horas pagas, com acréscimo de 1,1%, frente encolhimento de 1,6% no País, o Estado ocupa o terceiro lugar entre as unidades pesquisadas, depois de Pernambuco e Minas Gerais.
"Os dados consolidam a vitalidade do mercado de trabalho industrial regional, fruto do comportamento virtuoso das atividades atrelas à agroindústria, metalmecânica, petroquímica e construção civil, e da recuperação do clima propício à multiplicação de negócios no Estado, cujos alicerces vem sendo construídos desde 2011, centrados no debate de propostas e na implementação de ações de maneira cooperativa entre governo e representantes dos atores sociais", afirmou.