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Indústria diz que corte do juro não basta

31 mai 2012 às 10:16

Após o corte de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic, para 8,5% ao ano, divulgado na noite desta quarta-feira (30), a Fiesp declarou que considera a decisão positiva, mas ainda insuficiente para recuperar a competitividade da indústria brasileira. A federação pede medidas que reduzam a carga tributária, o custo de energia elétrica e a burocracia, além de iniciativas que possam melhorar a infraestrutura e logística no País.

Em uníssono, a CNI avaliou que a redução "é essencial diante da crise internacional", mas pondera que "é importante que a essa redução se some maior austeridade nos gastos públicos, de forma a não prejudicar o atual cenário inflacionário benéfico".


Enquanto a indústria não se mostra inteiramente satisfeita, sindicalistas e lojistas celebram a medida. Para a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), corte "é um marco para o Brasil pós-ditadura". Na opinião do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o juro real baixo "está sendo alcançado do jeito certo, ou seja, com juros baixos e inflação sob controle".


A Força Sindical acrescentou ao fato de a redução ser, em sua opinião, "um alento para a fraqueza industrial do País" a vantagem de que os juros mais baixos combatem a especulação, que para a organização "é um mecanismo perverso que inibe a produção, o consumo e a geração de novos postos de trabalho".

Segundo nota assinada pelo presidente em exercício da Força Sindical, Miguel Torres, "ao promover uma nova queda na Taxa Básica de Juros, o governo dá um incentivo para a economia, que cresce em ritmo muito lento".


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