O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) triplicou na primeira prévia de agosto, comparado ao mesmo período de julho. A taxa ficou em 0,42%, ante 0,14%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IGP-M é usado como referência para o reajuste de contratos de aluguel e de tarifas de energia. Dos três indicadores que compõem a taxa global, apenas o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que apura os preços no atacado e é responsável por 60% do IGP-M, subiu e chegou a 0,75%, ante a variação de 0,19% na primeira prévia de julho. Segundo a FGV, o resultado foi influenciada pela alta dos preços do minério de ferro (de -0,63% para 16,92%), da soja em grão (de 1,45% para 6,58%) e do fumo em folha (de –4,78% para 0,06%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou queda de 0,40%, após a deflação de 0,31% da primeira apuração do mês passado. O IPC responde por 30% do IGP-M e a continuidade da trajetória de queda teve influência pelo recuo ainda mais acentuado de preços dos grupos alimentação (de –1,16% para –1,58%), com destaque para as frutas (de –0,09% para –3,68%) e hortaliças e legumes (de –6,83% para –9,60%); e vestuário (de 0,06% para –1,31%).
O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que responde por 10% na formação do IGP-M, também diminuiu na primeira prévia de agosto, na comparação com o mesmo período de julho. A taxa ficou em 0,19%, contra 0,89%. Os dois componentes que contribuíram para o resultado foram materiais, equipamentos e serviços (de 0,61% para 0,36%) e mão de obra (de 1,17% para 0,19%).