O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) fechou o mês de julho em -0,43%. Foi a quinta queda consecutiva da taxa apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), usada para corrigir aluguéis, financiamentos imobiliários e consórcios. Em 12 meses, o índice acumula deflação de 0,67%.
Entre os componentes do IGM-P, a maior queda foi registrada no índice de matérias-primas brutas com -1,89%, que reflete as seguintes variações: soja (-3,32%); laranja (-17,19%) e café (-5,52%; minério de ferro (-10,70%; arroz em casca (-0,16%) e mandioca (0,96%).
Outro componente, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve queda de 0,85%. Os item bens finais fechou em -0,31%, sob efeito do desaquecimento no subgrupo alimentos in natura (-4,86%). Sem levar em consideração esses alimentos e os combustíveis, o item bens finais sobe para 0,19%.
O grupo bens intermediários teve queda de 0,66% em processo de recuperação, porque em junho a taxa havia fechado em -1,37%. O subgrupo de materiais para manufatura fechou em -0,16%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechou julho em 0,34%. Dos sete grupos que compõem o IPC, três tiveram alta e a maior foi no item alimentação (0,44%). Entre os principais itens com aumento estão as frutas (0,66%), arroz e feijão (0,34%) e adoçantes (4,19%).
Em habitação houve aumento de 0,46%, sob a influência da tarifa de eletricidade residencial (1,78%). O grupo transportes fechou em 0,03%, com destaque a recuperação de preços do álcool combustível (-0,33%).
Em sentido oposto, houve queda em despesas pessoais, que passaram de 1,34% em junho para 0,15% em julho, com redução dos cigarros (0,02%), em educação, leitura e recreação (de 0,08% para 0,03%), em passagem aérea (de 1,95% para -3,69%) ; vestuário (de 0,53% para 0,46%), calçados masculinos (de 1,30% para -0,34%) e saúde e cuidados pessoais, puxado pelos preços de planos e seguros, que passaram de 0,46% em junho, para 0,42%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve aumento de 0,37%, mas em velocidade inferior a junho, quando havia apresentado alta de 1,53%. O grupo mão-de-obra desacelerou, passando de 3,50% para 0,79%. Materiais e equipamentos mantiveram-se em baixa (-0,10%) e o grupo serviços fechou o mês com alta de 0,40%.