A segunda prévia do Índice Geral de Preços Médios (IGP-M) repetiu em julho deflação mostrada em igual prévia do indicador em junho e manteve taxa de -0,21%. O resultado, anunciado nesta terça-feira, 19, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou perto do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções (de -0,23% a 0,05%) e abaixo da mediana das expectativas (-0,12%).
No caso dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de julho, o IPA-M caiu 0,38% na prévia anunciada nesta segunda-feira, após ter queda de 0,54% em igual prévia do mesmo índice em junho. Por sua vez, o IPC-M teve recuo de 0,11% na segunda prévia deste mês, em comparação com a taxa negativa de 0,15% na segunda prévia do mês passado. Já o INCC-M registrou taxa positiva de 0,63% na segunda prévia do indicador deste mês, após subir 1,82% na segunda prévia de junho.
A taxa acumulada do IGP-M é usada no cálculo de reajuste nos preços dos aluguéis. Até a segunda prévia de julho, o IGP-M acumula aumentos de 2,92% no ano e de 8,25% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da segunda prévia do IGP-M deste mês foi do dia 21 de junho a 10 de julho.
Agropecuária
A deflação nos preços agropecuários atacadistas perdeu força. Os preços dos produtos agrícolas no atacado caíram 1,27% na segunda prévia do IGP-M de julho, em comparação com a queda de 2,47% na segunda prévia do mesmo índice em junho. O setor não foi o único a mostrar taxa negativa dentro do atacado. Segundo a FGV, os preços dos produtos industriais voltaram a cair, com queda de 0,07% na segunda prévia anunciada hoje, após subir 0,16% na segunda prévia de junho.
No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais caíram 0,01% na segunda prévia de julho, após recuarem 0,57% na segunda prévia de junho.
Já os preços dos bens intermediários apresentaram aumento de 0,16% na prévia divulgada nesta terça-feira, em comparação com o recuo de 0,59% na segunda prévia do IGP-M de junho. Por fim, os preços das matérias-primas brutas tiveram taxa negativa de 1,50% na segunda prévia de julho, em comparação com a queda de 0,45% na segunda prévia de junho.
Cerveja e chope
A inflação no atacado medida pelo IPA-M acumula altas de 2,10% no ano e de 9,02% em 12 meses, segundo a FGV. O IPA-M representa 60% do total do IGP-M.
Os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam queda de 0,18% no ano e aumento de 17,88% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais no atacado registram altas de 2,91% no ano e de 6,23% em 12 meses.
No âmbito do IPA-EP, os preços dos bens finais acumulam taxas positivas de 1,13% no ano e de 4,59% em 12 meses até julho. Por sua vez, os preços dos bens intermediários registram altas de 2,92% no ano e de 5,44% em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas registram inflação de 2,14% no ano e acumulam taxa positiva de 20,30% em 12 meses.
Entre os produtos pesquisados no atacado, as altas de preço mais expressivas foram registradas em cerveja e chope (3,04%); ovos (3,18%); e leite in natura (1,12%). Já as mais significativas quedas de preço foram apuradas em soja em grão (-2,44%); café em grão (-4,66%); e minério de ferro (-1,45%).