O número de consumidores inadimplentes caiu 0,41% em dezembro na comparação com novembro, informaram nesta terça-feira, 10, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Contudo, em relação a dezembro de 2015 o indicador continuou avançando 1,44%, mas, segundo o SPC e a CNDL, é a menor variação para um ano desde o início da série histórica.
Desta maneira, o País atingiu 58,3 milhões de pessoas inadimplentes em dezembro de 2016, ou 39% da população adulta brasileira, após 700 mil pessoas terem ingressado na lista durante o ano. Em 2015, o aumento de consumidores inadimplentes foi de 2,5 milhões.
"A explicação para a desaceleração do crescimento da inadimplência desde o primeiro trimestre do ano reside no fato de que o próprio cenário de recessão da economia, que reduziu a capacidade de pagamento das famílias, também restringiu a tomada de crédito por parte dos consumidores", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. "Isso quer dizer que o consumidor encontra mais dificuldade para se endividar e, sem se endividar, não pode ficar inadimplente", explica.
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Na divisão regional, o Sudeste concentra o maior número absoluto de CPFs inadimplentes: 24,23 milhões (37,3% da população adulta da região). O Nordeste aparece em segundo lugar no ranking de devedores, com 15,74 milhões de pessoas (39,7% da população adulta). Em seguida, vem o Sul (7,96 milhões ou 35,8% dos adultos), o Norte (5,34 milhões ou 46% da população adulta residente) e o Centro Oeste (4,99 milhões de inadimplentes, o que representa 43,8% da sua população).
Já a faixa etária com maior incidência de inadimplência é de 30 a 39 anos. Em dezembro, quase metade da população nesta faixa etária (49,38%) tinha o nome inscrito em uma lista de devedores, somando 16,81 milhões de pessoas. O SPC e a CNDL ainda ressaltam o porcentagem significativa entre 25 e 29 anos (46,65%), assim como na faixa etária entre 40 e 49 anos (46,24%).
O volume de dívidas em nome de pessoas físicas recuou 2,24% na comparação anual entre dezembro de 2016 e o mesmo mês de 2015. O setor de comunicação, que engloba atrasos em contas de telefonia, internet e TV por assinatura, foi o que mostrou a maior queda de dívidas em dezembro, com declínio de 17,77% no confronto interanual. Já o setor que apresentou a maior alta foi o de água e luz, cujo crescimento foi de 13,62%.
Já em termos de participação, os bancos concentram a maior parte das dívidas existentes no País: 48,26%. Em seguida, aparece o Comércio (20,04%), o setor de Comunicação (13,07%) e o de Água e Luz, que concentra 8,55% do total de pendências.