O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas apontou crescimento de 12,1% no primeiro trimestre de 2015, na comparação com o mesmo período do ano anterior. É o maior percentual nesta comparação desde 2012, quando o índice subiu 21,1% no primeiro trimestre daquele ano. Na comparação mensal – março x fevereiro de 2015 – o índice também teve alta de 11,9%. Na relação interanual – março de 2015 x março de 2014 – o indicador cresceu 20,4%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o fraco desempenho econômico neste início de ano (vendas do varejo estagnadas, produção industrial em declínio, etc.), prejudicando a geração de caixa das empresas, o aumento do custo financeiro (taxas de juros em ascensão e crédito mais difícil, especialmente para as micro e pequenas empresas) e o realinhamento de determinados preços administrados (energia elétrica, combustíveis, etc.) são fatores que dificultam a vida financeira das empresas, provocando elevação dos índices da inadimplência corporativa.
Na decomposição do indicador, todas as modalidades da inadimplência tiveram alta. As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e a inadimplência com os bancos tiveram crescimento de 2,7% e 3,5% e contribuições de 1,1 p.p. e 0,7 p.p., respectivamente. Os títulos protestados e os cheques sem fundos também apresentaram alta de 29,5% e 20,6% e contribuíram com 7,0 p.p. e 3,0 p.p. para a elevação do índice em março de 2015.
Cresce o valor médio dos cheques sem fundos
O valor médio dos cheques sem fundos teve alta de 12,6% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2014. O valor médio dos títulos protestados e das dívidas não bancárias também apresentou crescimento de 7,7% e 4,1%, respectivamente. Já o valor médio da inadimplência com os bancos registrou queda de 15,0%.