O recolhimento de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros atingirá, por volta das 10h30 de sexta-feira (21) a marca de R$ 1,2 trilhão, conforme o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Neste ano, a marca será atingida com 20 dias de antecedência em relação a 2016, quando o registro ocorreu no dia 10 de agosto.
Nesta quinta-feira (20), o governo federal anunciou o aumento da alíquota de PIS e Cofins sobre combustíveis. "O governo tem que repensar as medidas em razão do aumento arrecadatório (quando olhamos para 2016) e dos sinais de retomada da economia. Assim, agora é um momento totalmente inoportuno para pensar em elevar tributos. O governo precisa fazer um controle eficiente dos gastos públicos e pensar em primeiro lugar na superação da população frente aos problemas financeiros trazidos pela recessão", diz o presidente da ACSP, Alencar Burti.
Para o economista, a alta de preços dos combustíveis deve refletir no "encarecimento do transporte de mercadorias e passageiros". Além disso, Burti avalia que "dificilmente" o comerciante não repassará a alta ao consumidor, o que tornará mais lenta a recuperação da economia.
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Uma alternativa para o aumento de impostos, entende Burti, seria a intensificação da queda dos juros, que teria o poder de estimular o consumo, contribuindo para a recuperação da atividade econômica e, consequentemente, da arrecadação tributária.