A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu arrecadar R$ 838 mil no primeiro leilão virtual de imóveis de Jorgina de Freitas localizados em Curitiba. Os dois apartamentos que estão situados na Rua Francisco Rocha nº 1.777 foram arrematados por R$ 412 e 426 mil, respectivamente. Os lances vencedores foram feitos por um morador da cidade via internet.
A modalidade, autorizada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ), foi a primeira realizada no estado. De acordo com a Procuradoria-Regional Federal da 2ª Região (PRF2) já foram solicitadas outras autorizações para incluir os próximos leilões, também, no formato online.
A disputa aceitou tanto lances virtuais quanto presenciais e foi acompanhada pelos procuradores federais, Renato Rabe, Daniela Ferreira e Leonard de Queiroz. O coordenador do Núcleo de Ações Prioritárias da unidade, Renato Rabe, avalia que o leilão virtual é uma forma inovadora de dar efetividade as decisões judiciais. "O recebimento de lances pela rede mundial de computadores eleva em muito a competitividade do leilão. Traz também maior segurança ao ato, vez que os candidatos a arrematação tem de ser cadastrar previamente no sítio do leiloeiro, o que garante maior transparência", destacou o procurador federal.
A AGU já recuperou mais de R$ 150 milhões com os leilões de imóveis em nome dos integrantes da quadrilha de Jorgina de Freitas, obteve 500 kg de ouro e garantiu a repatriação de valores enviados para o exterior.
Dos 253 apartamentos, salas comerciais e casas bloqueados a pedido dos procuradores federais por meio do processo de Sequestro Penal da Ação Penal 04 de 1991, foram leiloados 171 bens e os valores já convertidos para os cofres públicos. Outros 82 imóveis aguardam autorização da Justiça do Rio de Janeiro para realização de leilão.