As chefes de família das principais capitais brasileiras representam 30% da população feminina ocupada, têm idade média de 43,5 anos, baixa escolaridade e recebem, em média, menos de três salários mínimos. Este perfil foi traçado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir da Pesquisa Mensal de Emprego em agosto de 2006
O estudo especial do IBGE mostrou que em agosto desse ano, 2,7 milhões de trabalhadoras eram as principais responsáveis pelos seus domicílios no total das seis regiões metropolitanas investigadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre), um contingente que representava quase 30% da população feminina ocupada nessas localidades.
Os resultados da pesquisa indicaram que estas mulheres tinham idade média (43,5 anos) superior a das trabalhadoras em outras condições no domicílio (34,6 anos), e eram menos escolarizadas que a população feminina ocupada: as duas médias de anos de estudo eram 8,7 e 9,5 , respectivamente.
A pesquisa mostrou também que elas se submetiam a jornadas semanais mais longas (39,2 horas) que as das mulheres ocupadas (38,7 horas) e a rendimentos que, apesar de 11,6% maiores que os da população feminina ocupada, ainda eram precários: 78,6% das trabalhadoras que eram as principais responsáveis por seus domicílios recebiam menos de 3 salários mínimos. Entre as mulheres ocupadas, o percentual correspondeu a 81,6%. No entanto, 12,7% destas trabalhadoras obtinham rendimentos iguais ou superiores a 5 salários mínimos, contra 10,4% para a população feminina.