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IBGE mostra queda de 1,4% nas vendas do comércio varejista do Paraná

14 nov 2014 às 15:22

O faturamento real (descontada a inflação) dos estabelecimentos de comerciais de varejo paranaense caiu 1,4% em setembro de 2014 no confronto com o mesmo mês de 2013. No Brasil o recuo foi de 1,2%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (14). A pesquisa é na definição ampliada, que contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção.

Os principais responsáveis por esse resultado foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-28,6%), móveis (-9,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-7,1%), veículos, motocicletas, partes e peças (-5,4%), eletrodomésticos (-4,2%) e material de construção (-1,0).


No acumulado de janeiro a setembro de 2014 o comércio do Paraná apresentou redução de 3,2%, frente queda de 1,4% do Brasil. Os ramos que mais influenciaram negativamente para o decréscimo das vendas foram os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-22,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-20,9%), veículos, motocicletas, partes e peças (-11,8%) e móveis (-7,3%).


Em doze meses, encerrados em setembro de 2014, as vendas reais do comércio varejista regional caíram 0,4%, contra queda de 0,1% na média nacional. As principais contribuições para esse resultado vieram dos segmentos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-20,0%), livros, jornais, revistas e papelaria (-14,9%) veículos, motocicletas, partes e peças (-8,0%) e móveis (-4,7%).


AUMENTO - Na mensuração restrita (que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção), o volume de vendas no Estado subiu 1,2% no mês de setembro e avançou 2,5% no acumulado do ano e 4,3% em doze meses (terminados em setembro). No Brasil, o faturamento comercial mostrou variação positiva de 0,5% no mês, e crescimento de 2,6% no ano e 3,4% em doze meses.

Para o economista Francisco José Gouveia de Castro, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a combinação entre elevação dos juros e inflação alta contribuiu para a desaceleração observada nas vendas do comércio paranaense. "Em meio a um ambiente econômico nacional desfavorável, com a baixa perspectiva da elevação do consumo das famílias, em função da redução dos ganhos reais de salário e do elevado comprometimento da renda com pagamentos de dívidas e deterioração nas condições de crédito, os consumidores estão optando em adiar novos endividamentos, diminuindo a demanda, especialmente, por bens de consumo duráveis", afirma ele.


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