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Greve dos vigilantes fecha agências do centro

01 fev 2013 às 12:09

A greve dos vigilantes em todo o Paraná causou transtornos na manhã desta sexta-feira (1º). Em Londrina, as agências bancárias do Calçadão não abriram para o atendimento ao público. Os funcionários cumprem apenas serviços administrativos. Sem vigilantes, os bancos não podem funcionar, mas os setores ligados aos caixas eletrônicos operaram normalmente no início do expediente.

Muitos clientes foram surpreendidos. O comerciante João Batista Ferreira foi até a agência para regularizar a situação de um imóvel. "Uma funcionária do banco me ligou ontem (31) e agendou o atendimento para hoje. Ela nem me avisou nada", contou. Ferreira tem até a próxima quarta-feira para quitar o documento. "E aí, eles vão prorrogar o meu prazo?", questionou o comerciante.


A professora aposentada Elza Ribeiro da Silva foi uma das primeiras a entrar em uma das agências na esperança de ser atendida com mais rapidez. Ela não sabia sobre a possibilidade de greve e foi barrada antes da porta giratória. "Preciso pagar minhas contas. Estou sem cartão e sem dinheiro trocado", declarou. Assim como a aposentada, muitos clientes reclamaram que não saber utilizar os caixas eletrônicos e alguns serviços só podem ser feitos no interior das agências.


O vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes de Londrina e Região, Sérgio Guedes dos Santos, afirmou que todas as agências de Londrina não abriram na manhã desta sexta-feira. "Todos os profissionais aderiram ao movimento. São 2.300 vigilantes em Londrina e região. Estamos nos revezando para que a paralisação seja firme", explicou.


Viviani Costa/Equipe Bonde


A categoria reivindica um reajuste de 6% para a correção da inflação, além de 10% de ganho real. Os trabalhadores também querem 30% de adicional de risco, R$ 20,00 no vale alimentação e 30 tíquetes de alimentação por mês.


O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada no Paraná (Sindesp), Jefferson Nazário, destacou que a última proposta foi feita após uma mesa redonda com a participação de representantes do Ministério do Trabalho, das empresas e dos vigilantes. A proposta era de recomposição da inflação nos meses de fevereiro, junho e outubro e ainda a concessão de 30% no adicional de risco.

"Ainda não houve uma manifestação oficial sobre a negativa dos vigilantes. A gente aguarda um documento do sindicato para verificar o que pode ser feito", completou.


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