Os vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana decidiram, em assembleia realizada no final da tarde de segunda-feira (4), continuar a greve iniciada na última sexta-feira por tempo indeterminado. De acordo com o presidente do sindicato que representa a categoria, João Soares, as 509 agências bancárias da capital não estão funcionando por conta da paralisação. A adesão está em 70%, o que representa 7 mil a 8 mil trabalhadores parados.
Os profissionais reivindicam reajuste salarial pela inflação, que equivale a 6,37%, o pagamento de um adicional de periculosidade de 30% e um aumento no vale-alimentação de R$ 15,50 para R$ 20.
O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp-PR) informou, através de nota, que os trabalhadores receberão o adicional de periculosidade de 30% e terão reajuste das cláusulas econômicas, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No entanto, a categoria não aprovou o pagamento do reajuste salarial dividido em três parcelas, em fevereiro, junho e outubro. Soares disse que os trabalhadores também não concordaram com o aumento de R$ 1 que foi oferecido no vale-alimentação.
"Caso o sindicato patronal oferecesse o INPC em uma parcela e melhorasse o reajuste do vale-alimentação, poderíamos pensar em chegar a um acordo", disse. Segundo ele, ontem já começou a faltar dinheiro em algumas agências de Curitiba.
Nesta terça-feira (5), acontece uma reunião na Superintendência Regional do Trabalho (DRT), em Curitiba, para dar continuidade às negociações entre trabalhadores e o sindicato patronal. A Febraban informou que os bancos estão fazendo todos os esforços legais para atender os clientes. (Com informações da repórter Andréa Bertoldi, da Folha de Londrina)