Notícias

Governo comemora saldo comercial positivo de janeiro

01 fev 2011 às 18:59

O superávit de US$ 424 milhões na balança comercial de janeiro foi comemorado pelo governo, uma vez que desde 2008 o comércio exterior brasileiro não registrava saldos positivos no primeiro mês do ano. Em 2009, janeiro teve déficit comercial de US$ 530 milhões. Em 2010, o resultado foi negativo em US$ 179 milhões.


"Nos últimos dois anos não tivemos um resultado dessa magnitude. Em janeiro as exportações cresceram mais do que as importações e esse superávit nos anima muito para o decorrer de 2011", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira.


De acordo com dados do ministério, a exportação no total de US$ 15,215 bilhões foi recorde para meses de janeiro, assim como as importações, de US$ 14,791 bilhões.


Mais uma vez, o desempenho das vendas brasileiras ao exterior foi influenciado pelos aumentos nos embarques de minério de ferro, com expansão de 151% ante janeiro do ano passado. O crescimento, no entanto, está diretamente relacionado ao aumento dos preços da commodity (144%) no período, uma vez que a quantidade física exportada aumentou apenas 8% no mesmo período de comparação.


Para o secretário, porém, apesar da concentração das exportações em commodities, é positivo o fato de o País ter avançado nas vendas em todos os segmentos. "O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de bens naturais e isso não vai mudar. Mas temos conseguido incorporar valor agregado. Eu estaria preocupado se estivéssemos crescendo em básicos e diminuindo em manufaturados", completou.


Teixeira também destacou o aumento dos embarques de autopeças e veículos, principalmente para os países do Mercosul, África e para os Estados Unidos. Segundo o secretário do MDIC, o desempenho das vendas para a União Europeia também foi positivo, refletindo a recuperação das economias da região.

Pelo lado das importações, os destaques continuaram nas compras de máquinas e equipamentos, além do crescimento de automóveis. "A estrutura das importações continua dentro da mesma linha", comentou Teixeira.


Continue lendo