O crescimento nos preços internacionais e na quantidade exportada fez o governo aumentar a estimativa de superávit da balança comercial em 2017. A projeção passou de US$ 55 bilhões para US$ 60 bilhões, o que poderá garantir o melhor saldo da história para o país.
Segundo o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, a estimativa para o comportamento da balança comercial no segundo semestre permitiu a melhoria da previsão.
"Com o desempenho da exportação e da importação, temos vários produtos de destaque. A tendência deve continuar forte para o segundo semestre", disse Brandão. Entre os principais produtos que estão puxando o crescimento das exportações, segundo o diretor, estão a soja, o ferro, o petróleo, o açúcar e os veículos.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 47,5 bilhões a mais do que importou, o melhor superávit da história para a balança comercial. Inicialmente, o MDIC estimava que o saldo da balança encerraria 2017 com níveis parecidos aos de 2016. Posteriormente, a projeção foi revisada para US$ 55 bilhões.
Para justificar a melhoria da estimativa, o diretor do ministério ressaltou o desempenho da quantidade exportada. Até maio, o volume das vendas externas acumulava queda de 0,8% em relação ao mesmo período de 2016. Em junho, o indicador reverteu a tendência e passou a registrar aumento acumulado de 1,8%.
Segundo Brandão, essa reversão deve-se principalmente ao crescimento nas quantidades embarcadas de três produtos em junho: soja, ferro e petróleo. "O aumento na produção de petróleo tem favorecido o aumento das exportações como um todo. Atualmente, o país está embarcando uma média de 1 milhão de barris por dia."
Nos seis primeiros meses do ano, o valor das exportações de petróleo cresceu 128,2%, a maior alta entre os principais produtos vendidos ao exterior. A quantidade exportada aumentou 45,3%. O preço internacional subiu 57,1%.